Isto acontece quase depois de dois meses em que ele havia chegado a US$ 52,98 no início de junho. Em janeiro ele havia batido seu preço mais baixo em torno de US$ 27. A seguir foi subindo com breves oscilações até chegar a US$ 52,98.
Como já havíamos comentado em artigo mais extenso e detalhado (Petróleo: limite máximo e mínimo do preço na atual fase - 3 maiores produtores mundiais - estratégias geopolíticas e o "ciclo petro-econômico") postado aqui no último dia 21 de julho, o fato de ter ultrapassado os US$ 50 e ter se mantido por mais de um mês, relativamente estável, fez com que a produção nos EUA fosse aos poucos retomada.
Além disso, os problemas pontuais no Canadá com incêndios, no Kuwait por greve e Nigéria por conflitos e desvios do produto em oleodutos foram superados. Novas unidades de perfuração também voltaram a ser utilizadas nos EUA.
As manutenções de unidades de produção de outras petroleiras pelo mundo que também aproveitavam o baixo preço do mercado, com o novo patamar próximo aos US$ 50 o barril, voltaram a extrair petróleo e a levar a novos excessos no mercado. Há ainda que considerar os enormes estoques de petróleo e derivados que atingem patamares recordes, especialmente na Ásia.
Tudo isso leva a uma sobreoferta no mercado internacional. A produção de petróleo da OPEP deve atingir o nível mais alto da história em julho contribuindo para o excesso.
Segundo a agência Reuters com 33,41 milhões de barris por dia (bpd). O Iraque e o Irã estão exportando cada vez mais. Nigéria está exportando petróleo apesar de ataques de militantes às instalações de petróleo e a Líbia conseguiu contornar conflitos internos que geravam problemas de embarques nos portos petrolíferos de Ras Lanuf e Es Sider.
A perspectiva é que a fase de baixa do ciclo petro-econômico siga por mais tempo. Ao cair abaixo dos US$ 40 é possível que novas produções marginais sejam afetadas e aí o movimento volta, mas com tendência de ser manter um bom tempo entre US$ 40 e US$ 50, a não ser que conflitos regionais alterem este quadro. A conferir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário