Além do campo de Carcará no pré-sal, da malha de gasodutos do Sudeste, da BR-Distribuidora, também estão vendendo a Liquigás que foi adquirida em 20004 e responde atualmente por 21,9% do mercado brasileiro de GLP.

E quem são as interessadas na compra: as suas concorrentes - Ultragaz, Copagaz e Nacional Gás. Estas, mais a Supergasbras respondem por quase 90% do setor de GLP do país.
Não é difícil concluir em que esta concentração ainda maior do setor vai dar no final. O cidadão que compra botijão de gás vai sentir no bolso. Hoje, a Liquigás, mal ou bem, ajuda a controlar - equilibrar - os preços do setor.
Para isto servem as crise econômicas cíclicas do sistema. Na fase de colapso, as empresas menores são pressionadas, se endividam e são vendidas para as grandes, que se transformam, ou ampliam o porte do oligopólio, como se avançassem para o monopólio do mercado.
A fase de colapso econômico do ciclo enfraquecem os governos, porque caem as arrecadações e assim, são pressionados para privatizar e vender o filé mignon.
Já foi comentado aqui diversas vezes que esta é certamente a maior de todas as contradições do sistema. Se diz que a concorrência de mercado auto-controla os preços e evita o lucro espúrio. Mas que nada.
Os operadores do sistema logo, logo acabam com qualquer disputa, formam carteis e oligopólios, especialmente, nos casos de produtos essenciais (que não podem deixar de ser comprado) e, sem controle e regulação dos estados fragilizados e cooptados pelo poder econômico que finge não ver nada, eles deitam e rolam acumulando lucros encima dos menores.
Pois então, observemos o valor do botijão de gás hoje e depois que o esquema se viabilizar. Mais uma vez quem perde?
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