O barril do petróleo do tipo brent chegou ontem a US$ 53 no mercado futuro para entrega daqui a 60 dias. Hoje já desceu para a faixa de US$ 52. Apesar disto, os números da AIE (Agência Internacional de Energia) indicam que a Opep teria fechado o mês de setembro com um recorde de produção de 33.64 milhões de barris/dia.
O fato se deveu ao aumento de produção no Irã, Iraque, Líbia e Nigéria, que se prepararam para manter os níveis de produção que a Opep está defendendo. Assim, fazem em mais altos patamares.
A Opep fechou um acordo para limitar sua produção para o intervalo de 32,5 milhões e 33 milhões de barris/dia após encontro paralelo a conferência de energia na Argélia no último mês.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem anunciado que seu país vai apoiar o esforço da Opep de cortar (ou limitar) a produção para melhorar os preços.
Porém, as ameaças de conflito parecem ser mais fortes que o acordo da Opep para que o preço tivesse esta ligeira subida acima dos US$ 50, o barril. Tirando os conflitos nenhum outro fato indicaria que o petróleo possa se aproximar dos US$ 60.
Como já comentei aqui neste espaço, hoje, os EUA é mais regulador dos preços do que a Opep, pela facilidade que teria para retomar a produção com xisto, desde que o preço do barril passe de US$50. A Opep hoje é responsável por apenas cerca de 1/3 da produção mundial, embora junto com a Rússia já aproxime da metade da produção mundial. A conferir!
PS.: Atualizado às 14:18: Para acrescentar o último parágrafo.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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