As conversas se dão em torno da redução de 2% da produção atual que estaria girando em torno de 35 milhões de barris por dia, entre os membros da Opep, que juntos, produziriam hoje, aproximadamente 37%, do volume mundial.
As informações que saem do Oriente Médio indicam que hoje, a Arábia Saudita seria a mais desesperada pelo acordo, assim busca apoio fora da Opep, especialmente da Rússia e também da Venezuela, embora este seja um dos 14 membros da organização dos países produtores e exportadores.
As resistências estariam do lado do Irã, que depois da suspensão do embargo, já está com uma produção próxima dos 4 milhões de barris por dia. Outra resistência seria do Iraque que, embora reclame das menores receitas obtidas com a renda petrolífera, ainda luta com os demais países do Oriente Médio, para ampliar o seu leque de compradores de petróleo.
Nestes últimos dias, autoridades da Arábia Saudita e Rússia entabularam conversas. Os acordos parecem avançar, mas sem serem efetivamente cumpridos, diante das desconfianças e dos interesses cruzados.
Atualmente, a Rússia é a maior produtora mundial e mesmo com algumas dificuldades no início, hoje estaria mais estabilizada com o preço atual do barril, em trono de US$ 50, considerando o câmbio em relação à sua moeda (rublo), o tamanho do seu mercado - aí incluída a China com negociação em moedas próprias - e ainda com as ameaças no cenário da geopolítica. A segunda maior produção, embora próximas, é da Arábia Saudita.
Há no horizonte, como último esforço em fechar um acordo neste ano, a data de 30 de novembro. Só que no meio disso tem uma dança das cadeiras em termos de apoios e enfrentamentos no Oriente Médio e na disputa com o Estado Islâmico.
Se já não bastassem, há ainda as confusões que pairam para o "day-after" da eleição americana, qualquer que seja o resultado. A conferir!
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