Para tentar interromper a operação, um dos sócios minoritários que foi dono de uma corretora, acionou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no dia 16 de novembro, solicitando uma assembleia geral extraordinária (AGE) da Prumo que foi agendada para o próximo dia 25 de novembro.
Em julho, o conselho de administração da Prumo aprovou um aumento de capital (dentro do limite autorizado) de até R$ 740 milhões. Segundo a companhia, estes valores reforçariam o caixa da empresa para bancar atividades do empreendimento e reduzir o tamanho das dívidas.
No dia 10 de outubro a transação foi homologada: atingiu 89% do teto previsto, gerando a entrada de R$ 675 milhões. No dia 14 de outubro, os minoritários dizem que foram surpreendidos com o anúncio do fechamento de capital da Prumo.
O fundo americano EIG, que possuía 74,27% do capital antes da emissão das novas ações, chegou a 76,73% das ações, ultrapassando o percentual definido pela Bolsa de Valores que exige a manutenção de pelo menos 25% dos papéis sendo negociados e em circulação. (Vide na imagem ao lado que inclusive faz parte da apresentação corporativa do mês de outubro de 2016, slide 7/40)
Para não descumprir a regra e não ter que vender uma fatia de suas ações, o EIG num movimento questionado decidiu lançar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) unificada que levaria à saída do mercado de ações, cancelando o registro de companhia aberta. Toda esta movimentação é considerada pelos minoritários como um golpe.
Segundo os acionistas minoritários é a terceira vez que a Prumo faz anúncios de fechamento de capital que prejudicaria uma base que seria composta por cerca de 7 mil investidores.
A primeira vez foi em 2012, quando a empresa ainda era LLX Logística e comandada pelo empresário Eike Batista. A segunda tentativa de fechamento de capital da Prumo foi empreendida por sua administração, em dezembro de 2015.
Agora a insistência no fechamento de capital suscita mais questionamentos que os acionistas minoritários atribuem ao aumento das receitas. Assim, a EIG pretenderia faturar sozinha e abandonar o mercado de ações e os pregões da Bolsa de Valores.
Por estas e outras que o mercado de ações é desacreditado num sistema que favorece os grandes e massacra os pequenos. Assim, se coletivizam os prejuízos e se unificam e individualizam os lucros.
Há quem diga que por trás de todo este movimento estaria o próprio Eike Batista que possuiria dinheiro da venda do Sistema Minas-Rio no exterior que estaria investido no fundo EIG.
Esta hipótese é difícil de ser comprovada porque os fundos financeiros divulgam seus investimentos, mas protegem com sigilo os seus investidores. A conferir!
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