Como prevíamos aqui neste espaço, a tendência de equilíbrio no preço do barril de petróleo é grande, apesar dos anúncios de que a Opep poderia decidir agora, no final de novembro, por limitar a produção em seus 14 membros, em acordo que poderia incluir a Rússia a atual maior produtora mundial.
Ontem, a Agência Internacional de Energia (AIE) informou que os investimentos em nova produção de petróleo deverão seguir em baixa pelo terceiro ano em 2017.
O motivo é o excesso de oferta de petróleo no mercado mundial. “São três anos seguidos de investimentos globais em petróleo em queda: 2015, 2016 e muito provavelmente 2017", disse o diretor-geral da IEA, Fatih Birol, em uma conferência em Tóquio.
"Esta é a primeira vez na história do petróleo em que os investimentos caem três anos consecutivos", disse ele, adicionando que isso irá causar "dificuldades" para os mercados globais de petróleo em poucos anos.
Os falas também confirmam o que temos dito aqui sobre o que chamo de "ciclo petro-econômico". Os ciclos não acontecem por acaso. Eles são produzidos conforme interesses geopolíticos e econômicos, numa articulação entre corporações do setor e nações.
O limite deste jogo é hoje, a marca em torno dos US$ 60 o barril. Com o preço neste patamar, a produção de óleo e gás de xisto nos EUA volta ser atraente. Assim, o excesso de produção retorna e os preços voltarão ao patamar dos US$ 50, que deverá persistir ainda por um bom tempo. A conferir!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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