Um mundo para poucos foi a opção. Tentam se ver livres dos sobrantes.
Foram abandonando a ideia de civilização, quase ao mesmo tempo que consideraram superados a concepção dos estados-nação.
Tidos como superados eles, na verdade, embarreiravam o desejo de uma nova forma de colonização e apropriação não apenas dos excedentes econômicos, mas dos bens naturais e das vidas das pessoas.
Parece que estamos num trevo e a direção indicada possui um imenso sinal vermelho de pare. Seria um outro mundo possível?
"Um futuro possível"
"Implantou-se a globalização, com todo o quadro social que ela prevê.
Parece que estamos num trevo e a direção indicada possui um imenso sinal vermelho de pare. Seria um outro mundo possível?
"Um futuro possível"
"Implantou-se a globalização, com todo o quadro social que ela prevê.
Ninguém está seguro. Pode-se perder o trabalho (não há mais emprego, salvo para tomar conta dos outros ou combater na guerras periódicas) a qualquer momento.
É preciso juntar dinheiro para a velhice. O futuro de seu filho depende da quantia que você aplique nele agora. É preciso ter dinheiro junto para caso de doença: se for muito grave, é melhor deixar morrer.
É preciso investir e torcer para que não estoure mais uma bolha e se percam economias suadas de uma hora para outra. Somos todos agiotas e experts em agiotagem.
Há futebol, novelas, drogas e shows.
Os que não aguentam são recolhidos a abrigos e reciclados. Os que de fato não conseguem geralmente são mantidos vivos pela caridade pública.
Os que infringem a lei vão para presídios onde trabalham para sobreviver – ou que se danem.
Muita gente iria para os hospícios, mas foram fechados porque não davam lucro...
O que sobrou da classe média progressista, degradada ao padrão da piscina de plástico e da SUV de segunda ou terceira mão, prossegue sua campanha em favor de uma agenda que vai do direito à vida dos frangos à implantação por decreto da igualdade entre os seres humanos.
No momento, falta senso de realidade, hierarquia e urgência."
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