Ainda há quem esteja estupefato como os EUA depois do que foi parido nas eleições. Assim, eu me deparo com um artigo do editor do conhecido jornal ligado ao mundo das finanças, o Financial Times, de Londres publicado no dia da eleição, sem saber ainda o que seria parido, para agora ser embalado.
Martin Wolf afirmava em seu texto "O novo presidente e a economia":
1) Os EUA têm o maior grau de desigualdade dentre todos os países de alta renda. Mais. Registraram a alta mais acelerada desta mesma desigualdade das sete principais economias. "A divergência entre esses países sugere que o crescimento da desigualdade é muito mais uma opção social do que um imperativo econômico".
2) A participação do trabalho no PIB caiu de 64,6% em 2001, para 60,4% em 2014;
3) Alta sistemática de homens de 25 a 54 anos que nem trabalham e nem estão procurando ocupação, saiu de 3% na década de 50, para 12% atualmente;
4) As taxas de migração interna e o ritmo de criação de novos empregos desaceleraram acentuadamente, o que sugere que esteja ligada às exigências (licenças) profissionais estaduais. (Obs.: Desregulam tudo para as finanças e regulam tudo para o trabalho e para o trabalhador - e a tão propalada liberdade?);
5) De outro lado, os direitos de propriedade intelectual ampliaram e parece estar contribuindo como barreira para a concorrência [outra pérola do sistema], levando a perda do dinamismo de sua economia;
6) Há uma deterioração da infraestrutura, do desempenho escolar relativo e um código fiscal terrível.
Ainda é interessante observar que esta leitura sai de alguém que está percebendo - e meio que desesperado - a deterioração do sistema, sem saber ainda que Trump tinha sido parido. Assim formula [meio que descrente] preocupações em meio a poucas propostas:
"Suspender a imigração e as importações seria um ato de automutilação. Os EUA precisam ampliar o seu potencial histórico de uma economia aberta e dinâmica, juntamente com uma oferta governamental de infraestrutura, pesquisa, educação e políticas fiscal e reguladora equilibrada".
E eu fico aqui imaginando que haverá quem chame não apenas o diagnóstico do Wolf, mas também as poucas propostas, de coisa de comunista.
Enquanto isso outros se espantam com os resultados das urnas porque imaginavam que estava tudo bem. Tudo bem para quem? Há quem julgue natural ter governo para poucos e polícia para o "resto".
Martin Wolf afirmava em seu texto "O novo presidente e a economia":
1) Os EUA têm o maior grau de desigualdade dentre todos os países de alta renda. Mais. Registraram a alta mais acelerada desta mesma desigualdade das sete principais economias. "A divergência entre esses países sugere que o crescimento da desigualdade é muito mais uma opção social do que um imperativo econômico".
2) A participação do trabalho no PIB caiu de 64,6% em 2001, para 60,4% em 2014;
3) Alta sistemática de homens de 25 a 54 anos que nem trabalham e nem estão procurando ocupação, saiu de 3% na década de 50, para 12% atualmente;
4) As taxas de migração interna e o ritmo de criação de novos empregos desaceleraram acentuadamente, o que sugere que esteja ligada às exigências (licenças) profissionais estaduais. (Obs.: Desregulam tudo para as finanças e regulam tudo para o trabalho e para o trabalhador - e a tão propalada liberdade?);
5) De outro lado, os direitos de propriedade intelectual ampliaram e parece estar contribuindo como barreira para a concorrência [outra pérola do sistema], levando a perda do dinamismo de sua economia;
6) Há uma deterioração da infraestrutura, do desempenho escolar relativo e um código fiscal terrível.
Ainda é interessante observar que esta leitura sai de alguém que está percebendo - e meio que desesperado - a deterioração do sistema, sem saber ainda que Trump tinha sido parido. Assim formula [meio que descrente] preocupações em meio a poucas propostas:
"Suspender a imigração e as importações seria um ato de automutilação. Os EUA precisam ampliar o seu potencial histórico de uma economia aberta e dinâmica, juntamente com uma oferta governamental de infraestrutura, pesquisa, educação e políticas fiscal e reguladora equilibrada".
E eu fico aqui imaginando que haverá quem chame não apenas o diagnóstico do Wolf, mas também as poucas propostas, de coisa de comunista.
Enquanto isso outros se espantam com os resultados das urnas porque imaginavam que estava tudo bem. Tudo bem para quem? Há quem julgue natural ter governo para poucos e polícia para o "resto".
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