Com o projeto SD11D da Vale em Carajás no Pará, o custo do minério de ferro entregue no terminal portuário da Vale em São Luis do Maranhão, sai a apenas US$ 7,7 dólares por tonelada.
Com este novo projeto que é resultado de um investimento de cerca de US$ 22 bilhões (na mina, unidade de beneficiamento, ferrovia para escoamento e terminal portuário) a empresa terá lucro de cerca de 700%.
Mapa das operacionais do SD11D da Vale em Carajás, PA. |
Diante desta realidade há que se lamentar que a empresa, privatizada no governo FHC faça pouco pelas comunidades onde possui instalações e menos ainda pela catástrofe da Samarco, do qual é sócia.
Assim, o Brasil, segue sendo um país que exporta seus bens (e não recursos) minerais com pouco retorno e muitos impactos sócio-ambientais e conflitos territoriais. É mais um projeto que depende das bases portuárias para se viabilizar.
Com este novo projeto o custo médio de produção da Vale, as demais mineradoras terão dificuldades para concorrer.
Um deste casos é o da Anglo American que extrai no interior de MG e exporta pelo Porto do Açu, o minério de ferro na faixa dos US$ 30 e para entrega na China, o valor chega na faixa dos US$ 40.
Ou seja, o custo de produção de minério de ferro da Anglo American, em torno de US$ 30, estaria quase o triplo do que a Vale consegue apurar na média, ou mais de 4 vezes do que o obtido com o projeto SD11D.
PS.: Engraçado que o governo Temerário nos últimos dias tem tentado se pendurar neste projeto como se tivesse feito algo para a sua viabilização. Os estudos de engenharia do projeto capacidade de produção de 90 milhões de toneladas/ano foram iniciados em 2005, enquanto a licença de instalação foi emitida em julho de 2013, entrando em operação agora no final de 2016.
Vista aérea da mina do complexo do projeto SD11D da Vale em Carajás, PA. |
2 comentários:
Professor se a Vale é competitiva e consegue esse valor de exploração , não tenha duvida que foi fruto da privatização e da visão empreendedora do FHC
Cada um cria suas versões e acredita nelas, mas não se pode mudar os fatos e a história.
A Vale já era a maior mineradora do mundo quando era do governo, e com enormes lucros antes de ser "doada" aos amigos de FHC, nos esquemas dos irmãos Mendonça de Barros, que até hoje respondem por isso na Justiça. Steinbruck sabe de tudo.
Além disso, o projeto SD11D da Vale no Pará só saiu do papel, mais uma vez por apoio do Estado via BNDES durante governo Lula. Agora com o governo Temerário, bancado por FHC, este tipo de financiamento está proibido, com a alegação de que é melhor dar espaço para os oligopólios internacionais, do que apoiar o que chamaram de "campões nacionais".
Como se vê a história é simples quando baseada nos fatos.
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