É cedo para dizer se este patamar de preço poderá subir de forma permanente, ou se será apenas uma oscilação temporária, com as especulações de praxe.
O mais provável é que o preço em torno dos US$ 50, mais para baixo dê espaço para um preço mais próximo dos US$ 55. Não mais que isto.
Difícil que vá muito para além disso. Se chegar aos US$ 60 dispara novamente a produção do óleo de xisto (tight oil) dos americanos regulando novamente os preços e considerando que os EUA é o maior consumidor mundial de petróleo.
Além disso, novamente, a Opep se coloca em cheque. Diferente de quando foi criada na década de 70, os seus 14 membros, hoje, produzem apenas 35% de todo o petróleo do mundo.
Assim, para voltar a exercer seu poder de regulação e preços a nível mundial precisa contar com apoio de outros grandes produtores, nos países "não-Opep".
O mais importante deles, hoje, é a Rússia, que nos últimos meses vem sendo o maior produtor mundial de petróleo, na frente até da Arábia Saudita, embora este seja o maior exportador mundial.
Além disso, há que se saber se os próprios países-membros da Opep obedecerão o que acordarem. Sabe-se que o controle sobre a produção dos países é algo difícil de ser controlado de forma absoluta e segura.
De toda a sorte, é interessante que a Arábia Saudita que apostou fortemente na mudança da fase do ciclo de preços do petróleo, para testar a capacidade dos países "produtores-marginais" (os que têm maior custo de extração) agora, com a redução dos seus faturamento e dos problemas fiscais em seu orçamento, queira segurar a produção e o excesso de petróleo no mercado mundial.
Em tudo isto, o certo é que a produção segue forte, mas as novas explorações e descobertas de reservas vão se escasseando violentamente.
Isto, significará, mais adiante, provavelmente, após 2020, mudanças e valorização das nações e corporações que as possuem.
Neste caso se encontra as reservas do pré-sal brasileiro, que, infelizmente, poderá ser mais das corporações e menos do controle da nação brasileira com as venda de campos e a desintegração da Petrobras.
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