Bastaram seis meses da turma do mercado do Parente, para se perceber a diferença entre uma e outra política de preços dos derivados. O que vale para o exterior não vale para o Brasil.
A turma do mercado não entende isto, porque pretende apenas adequar nossa realidade às cadeias de valor global.
Assim, estas oscilações não amortecidas mexem nos preços e fazem com que os intermediários sejam os únicos a lucrar com a nova fórmula, na medida que o povo e quem está na ponta da cadeia não consegue acompanhar esta evolução.
Lembremos que quando o preço abaixou nas refinarias não chegou ao consumidor. E os vários aumentos que vieram a seguir logo-logo estavam nas bombas dos postos.
Estranho ainda porque o aumento do preço do barril de petróleo foi simultâneo à variação para baixo do dólar, moeda na qual o petróleo é cotado no mercado internacional.
Este último aumento da semana passada foi ainda mais cruel. Ele foi feito apenas para o diesel que atinge a todos porque mexe nos preços dos fretes de tudo que é consumido.
Assim, tende a atingir proporcionalmente os mais pobres, onde as alíquotas dos impostos proporcionalmente, são mais significativos sobre a renda total.
Tirando um detalhe aqui, outro ali, a política anterior de ajustes de preços dos derivados, em função do preço do barril de petróleo e do dólar atendia melhor aos acionistas e ao povo, em última instância, o dono (maior acionista) o povo brasileiro.
O consumo de diesel no Brasil equivale a mais da metade de todo o consumo de derivados de petróleo no Brasil. É maior do que a gasolina.
Desta forma, se assiste à virada na gestão da empresa, com o foco passando a ser exclusivo no curto prazo atendendo apenas os investidores da petrolífera.
O caso é apenas mais uma demonstração das consequências que a desintegração da Petrobras com a venda em liquidação dos seus ativos estratégicos produz sobre toda a população brasileira. Há quem goste e lucre com isso, mas não somos nós.
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