A corporação alega que ainda está em fase de ajuste para crescimento da produção até o volume projetado de 26,5 milhões de toneladas. Porém, a questão não parece ser esta. O mercado internacional voltou a aumentar os preços do minério em 2016, o que não justificaria problemas de demanda.
Na verdade a empresa não quer reconhecer que possui problemas operacionais no sistema Minas-Rio que envolve a mina em Conceição de Mato Dentro (MG) o mineroduto e a unidade de filtragem, secagem e embarque, que é realizado pela empresa FerroPort, uma joint-venture em sociedade com partes iguais com a Prumo Logística global que é controladora do Porto do Açu.
FerroPort no Açu (Anglo + Prumo) |
Assim, numa leitura mais atenta desta realidade, a empresa está com problemas operacionais que a impedem de alcançar o volume projetado de 26,5 milhões de toneladas por ano. Com o minério de ferro na casa dos US$ 80 como está atualmente, não é difícil que ela possa optar por ampliar a capacidade de processamento, antes de atingir o volume inicial.
De outro lado, se o preço da tonelada de minério de ferro voltar a cair para próximo dos US$ 50, ao longo do ano, ela se esforce para aumentar o volume para pouco mais do que os 16 milhões de toneladas atuais.
Interessante ainda observar observar que o comunicado que foi enviado pela assessoria de imprensa ao blog, a Anglo American não faça nenhuma previsão de volume de produção para 2017. O que reforçaria a hipótese aqui levantada.
Antes de acabar é ainda oportuno relembrar que o Sistemas-Minas-Rio foi desenhado pelo empresário Eike Batista e vendo ainda no papel para a mineradora Anglo American por US$ 5,5 bilhões, sendo que parte do dinheiro foi pago fora do país.
A Receita Federal cobra, por conta disto, lucros imobiliários que o empresário em recursos se nega a pagar. Parte deste dinheiro foi investido na empresa de petróleo (OGX) e no estaleiro (OSX) junto com recursos obtidos a acionistas após abertura de capital (IPO), que tiveram o debacle conhecido.
Resta saber em que fundo foi investido a parte restante dos bilhões recebido da Anglo America que estava nos EUA, onde ele hoje se encontra ao ser procurado pela Polícia Federal. Seguimos acompanhando!
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