segunda-feira, janeiro 23, 2017

O mercado de petróleo, o xisto nos EUA, Trump e a Opep

O aumento de contratação do número de plataformas de perfuração de petróleo nos EUA - que na semana passada aumentou em 29, atingindo um total de 551 – marcando o maior aumento semanal desde que a recuperação que começou em junho, chegou assim ao nível mais alto dos últimos 14 meses, segundo a empresa americana de engenharia de petróleo, Baker Hughes (Investing.com).

Os dados sugerem aumento de exploração para a produção de shale oil nos EUA. Se confirmado, se estaria reforçando a interpretação de que com o valor do barril próximo dos US$ 60, a produção americana seria retomada, ratificando a condição de atual reguladora do mercado.

O movimento poderá ser reforçado com o apoio de Trump à indústria do petróleo dos EUA. O fato poderá trazer consequências para a manutenção do acordo entre a Opep e outros exportadores mundiais de petróleo (não Opep).

O acordo visou reduzir a produção mundial de petróleo entre 1,5 milhão de barris por dia (bpd) a 1,8 milhão bpd, fazendo com que a oferta global do petróleo caísse em quase 2%. Na média, no mercado futuro de petróleo o tipo brent vem sendo negociado hoje, na faixa do US$ 55.

É oportuno recordar que os EUA possuem, disparado, o maior consumo mundial de petróleo na faixa de 18 milhões de barris por dia. Assim, hoje está produzindo, internamente, apenas metade deste volume consumido, que é cerca de 50% acima da China, que tem o segundo maior consumo de petróleo do mundo.

Em meio às mudanças na geopolítica mundial, o barril de petróleo segue na faixa de preço entre US$ 50 e US$ 60. Resta saber quais serão as reações do outro lado (Rússia e Oriente Médio) considerando que a China está visivelmente segurando a sua produção interna de petróleo, enquanto segue ampliando acordos em energia em outras áreas do mundo. Seguimos acompanhando.

Um comentário:

firefox disse...

os eua não estão esquentando , o serra ta dando o pre sal pra els !