As exportações de petróleo ao exterior (mesmo tendo caído 18,7% em relação a 2015) somaram o valor de US$ 13,478 bilhões e superaram as importações (que caíram 41,5%) com a quantia de US$ 13,068 bilhões pela primeira vez no Brasil.
Assim, o setor de óleo & gás registrou um superávit de US$ 410 milhões em 2016, no ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Diante do volume maior de exportação que importação de petróleo e gás pelo país, se pode concluir que pela recessão e redução do consumo voltamos a ser auto-suficientes, exportando os excedentes em maior quantidade que a demanda.
Assim, diante da forte recessão que parece não retroagirá tão cedo com os cortes do governo e com os preços ainda (relativamente) baixos do barril de petróleo, o volume da produção nacional mereceria ser reavaliada.
É ainda oportuno ainda avaliar que tudo isto só ocorre porque agora os interesses que estão definindo as estratégias do setor nada mais tem a ver com o projeto de nação. As petroleiras e operadoras é que hoje definem este rumo.
Assim, com a redução da das atividades da Petrobras com a venda de ativos e desintegração da holding, cresce a tendência dela ser cada vez mais apenas uma petroleira, sem capacidade de usar o fato de atuar em diferentes pontos da cadeia.
Repito, não há projeto de nação e sim o enquadramento da política pelo mercado que se revela a cada fato macroeconômico que se analisa. Sigamos acompanhando.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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