O jornal inglês da área econômica, Financial Times veiculou ontem, matéria que informa que o salário médio na indústria da China superou o do Brasil.
A notícia é importante na medida que se vive dizendo que a alta produtividade chinesa teria sempre relação com baixos salários do trabalhador chinês. Pois bem, isto não é mais verdade.
Os dados são do Euromonitor compilados junto à Organização Internacional do Trabalho, à Eurostat (o órgão de estatísticas da União Europeia) junto com informações das agências de estatísticas dos países.
O salário médio por hora na indústria chinesa triplicou entre 2005 e 2016, para US$ 3,60, segundo o. No mesmo período, o salário no setor industrial no Brasil caiu de US$ 2,90 para US$ 2,70. No México, a queda foi de US$ 2,20 para US$ 2,10.
Essa informação é ainda importante para derrubar argumentos dos setores patronais de que o salário do brasileiro é que inviabiliza a sua competição.
O assunto é complexo, mas não dá para querer arrochar ainda mais o trabalhador brasileiro que é vítima e não responsável pela situação da indústria nacional. A elite econômica nacional não quer enxergar esta realidade.
E num momento importante como este, o governo brasileiro atua num dos importantes eixos de nosso desenvolvimento que é do setor petróleo, reduzindo ao mínimo as exigências de conteúdo nacional, para atender as etapas de exploração e produção no Brasil.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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