Foi interessante observar que os acionistas da Esso ficaram a favor da avaliação dos riscos climáticos.
Eles alegavam querer garantir uma "transição suave para uma economia de baixo carbono".
A Shell também diz algo parecido quando afirma que hoje faz opção pelos ativos de gás natural.
Porém, ambas as corporações sabem que a demanda de petróleo tende a crescer nas próximas décadas, especialmente, nas regiões menos desenvolvidas do planeta, onde os projetos de energia sustentáveis quase inexistem.
Assim, as corporações do setor, que desenvolveram o capitalismo lubrificado pelo petróleo, apostam numa dupla e cruel matriz: energia sustentável em nível ascendente nos países ricos e petróleo na periferia sobrante do mundo.
A União Européia (UE) é hoje o maior mercado de carbono do mundo e assim avança para a energia menos insustentável.
Um mundo limpo e asséptico, ambientalmente, para a parte chamada de desenvolvido e depreciado nos trópicos.
Mesmo que a questão do clima atinja a todos, na média, ele seria menos intolerável na parte de cima do Equador, até pela média de menos impacto ambiental no alto do globo e maiores na parte sobrante de baixo.
E as corporações seguem manejando este jogo que vai bem para além da decisão de Trump e dos EUA.
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