As produções no Oeste paulista e na região Centro-Oeste ampliam a cada dia, a diferença em termos de custo de produção e produtividade, em relação à produção regional.
Além disto, a produção do etanol de milho cresce de forma muito significativa consumindo parte excedente da produção de milho daquele estado. Desde 2012, quatro usinas já implantaram instalações para a produção compartilhada (usinas flex) moendo cana-de-açúcar e milho alternadamente na entressafra do outro, garantindo funcionamento e produção o ano inteiro.
Destilaria flex de etanol de milho e cana da Usimat, MT |
Em 2012, quando a Usimat começou a produzir etanol de milho a produção era de apenas 50 mil litros por dia. Hoje a estimativa do estado do Mato Grosso é de produzir este ano mais de 300 milhões de litros de etanol de milho.
O Mato Grosso produz quase metade de toda a produção nacional de milho. Por lá, a produção de etanol de milho tende a se alterar conforme a demanda pelo produto in-natura no mercado mundial, como acontece aqui na região com o valor da commodity açúcar.
É certo que parte da produção lá e cá atende aos mercados locais/regionais o que garante uma certa estabilidade na demanda, em função dos custos de logística para distribuição da produção. Há espaços ainda para a agroindústria canavieira na ampla extensão de área do Norte Fluminense, mas ela têm se estreitado.
Assim, parece cada cada vez mais claro que a produção agrícola fluminense (e regional) precisa se voltar para projetos ligados à alimentação para atendimento do enorme mercado consumidor desta adensada região que tende à uma metropolização com características específicas.
Poderiam ser projetos de menor porte e articulados por grupos regionais/locais de produtores, com apoio técnico e planejamento de logística para reduzir custos de comercialização e garantias de mercado. Mais um bom debate!
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