A informação consta do balanço do primeiro trimestre de 2017 publicado para investidores. A dívida está dividida especialmente entre quatro grandes credores como mostra o slide nº 10 a da apresentação do balanço: BNDES (R$ 2,757 bilhões: R$ 1,920 bi + R$ 837 milhões); FGTS (R$ 1,3 bilhão) e o fundo financeiro canadense Brookfield (R$ 469 milhões). Sobre custos do dinheiro, vencimento e condições de pagamento veja tabela abaixo (slide nº 10/20) da apresentação resumida do referido balanço financeiro.
É uma dívida bastante expressiva, mas pagável, dependendo dos resultados da empresa que precisa ter lucros para se preparar para o final da carência e início do pagamento para a continuação das atividades do empreendimento. Porém, não há como negar que este volume de dívidas dificulta a alavancagem de dinheiro (empréstimos) para novos empreendimentos no Porto do Açu.
Ainda sobre cada uma das dívidas há que se registrar que a contraída junto ao FGTS é aquela que as investigações policiais indicaram a participação do ex-deputado Eduardo Cunha em sua autorização, após solicitação do antigo controlador da empresa Eike Batista. As dívidas com o BNDES (R$ 2,7 bilhões) são expressivas e equivalem a 60% do total. Estas dívidas são intermediadas, garantidas e repassadas através de bancos particulares que respondem por elas no caso do seu não pagamento.
A divulgação destes dados ajuda a que se possa ter uma melhor compreensão sobre a corporação, hoje controlada pelo fundo financeiro americano EIG Global Energy Partners. Sua interpretação deve ir além das divulgações publicadas em colunas pagas ao preço da mídia comercial. Assim, vale ainda registrar que neste mesmo balanço, 1º Trimestre 2017, a Prumo informa que teve prejuízo líquido no período de R$ 130 milhões.
Por fim, deve-se ainda registrar que hoje no Porto do Açu se tem investimentos que vão para além daqueles aportados no passado pela LLX (hoje Prumo), e se estendem a outras empresas que alocaram recursos próprios ou obtidos também empréstimos particulares.
Já a Prumo Logística Global S.A. informou que até o ano passado havia investido um total de R$ 10 bilhões no empreendimento, sendo que a quantia de R$ 6,3 bilhões foram investidos apenas pela sua subsidiária Porto do Açu Operações, enquanto outros R$ 3,7 bilhões tinham sido alocados na empresa Ferroport, uma joint-venture com a Anglo American que atua na exportação de minério de ferro.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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