Nos últimos dezoito meses, um total de 22.592 empresas, encerraram suas atividades no ERJ, sendo que 8,1 mil, só no 1º semestre deste ano.
Isso mesmo: 22,5 mil empresas fecharam suas portas de 2016 para cá.
O déficit orçamentário do ERJ já ultrapassa R$ 21 bilhões.
Junto a dívida ativa aumentou 30,5% em 2016, e alcançou a quantia de R$ 77,2 bilhões.
Nos últimos doze meses (entre abril 2016-2017) a receita de ICMS, a maior arrecadação tributária, caiu 10,6%, estando diretamente ligada ao fechamento das empresas, pela falta de circulação de dinheiro na economia.
Trata-se de um círculo vicioso alimentado pelo eterno esquema fiscalista de Meirelles que faz questão de manter o ERJ asfixiado, para tentar mostrar à população que é preciso penalizar a todos promovendo a derrubada de direitos sociais.
O peso é muito grande sobre os servidores sem salários, as instituições que atendem diretamente à população com saúde, segurança e educação não funcionando ou se seguram pelas tabelas com os brios de valorosos trabalhadores públicos. O mesmo acontece em nossas universidades Uerj e Uenf completamente desprezadas e correndo sérios riscos.
Engana-se quem imagina que a população esteja alheia à esta situação.
As manifestações de resistências não são simples diante do caos e do esforço quase individual de sobrevivência.
Ainda assim, as pressões crescem.
O país precisa de um novo rumo que não seja penalizar os pequenos, retirando direitos sociais e mudando as legislações em favor dos mais ricos.
Não será simples e nem fácil retomar as atividades econômicas no estado, mesmo após o apoio do governo federal. Os problemas são similares na esfera federal, mesmo que em outras proporções.
Além, disto, o governo na esfera federal possui outros meios e instrumentos para enfrentar melhor a questão. Quanto mais próximo o governo (representação política) do cidadão - que mora nos municípios - maior é o impacto sentido com a falta de recursos.
A inflexão negativa da economia se dá sempre num processo mais rápido do que e de retomada. Os dados da Procuradoria Regional do Estado (PGE) e da Firjan atestam que a retração da economia é geral, e acontece em todos os setores, indústria, comércio e serviços, na medida em que a capacidade dos orçamentos municipais e estaduais demandam menos produtos e serviços.
Difícil imaginar como dar conta de um déficit orçamentário de R$ 21 bilhões, sem inverter o processo, saindo deste corte desenfreado de gastos, para a retomada de alguns investimentos.
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