Não é preciso nem falar do setor de construção.
Na pesquisa semanal sobre o movimento de alguns destes setores, eu agora me deparei com dados do setor químico, que serve de insumo para outras áreas.
Segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), só no 2º trimestre de 2017, a produção nacional de químicos de uso industrial caiu 2,3%.
Na comparação anual as vendas internas caíram 3,1%.
Enquanto isto, as importações cresceram 30,5% e bateram o recorde dos últimos 28 anos.
Ainda, segundo a Abiquim, neste 1º semestre de 2017, a taxa média de utilização da capacidade instalada ficou em 77%.
Por coincidência, número bem próximo dos 75% da utilização da capacidade instalada de nossas refinarias de petróleo.
Desnacionalização, desindustrialização com ampliação da importação numa área de alto valor agregado.
Resultado, menos empregos, menor arrecadação tributária, menor valor agregado circulando em nossa economia que amplia sua atuação no setor primário e extrativo.
Reprimarização que se se ajusta às privatizações, onde as corporações transnacionais trabalham com a lógica da produção e distribuição globalizada, conforme seus interesses.
O Brasil perdeu qualquer ideia de projeto de nação e vive ao sabor dos interesses das corporações e do setor financeiro, onde o dinheiro produz dinheiro, sem intermediação da produção.
Um comentário:
Parabéns pelo texto.
Postar um comentário