Depois da venda de diversos ativos importantes tanto na área de exploração (como o campo Carcará na Bacia de Santos), além a desintegração com venda de subsidiárias no setor de petroquímica, gasodutos, usinas termelétricas, reduzindo a atuação da estatal, a atual direção da Petrobras anunciou, hoje, no início da noite, em fato relevante, a colocação à venda de 8 (oito) polos (conjunto de campos) de produção nas bacias de Campos, Santos e do Nordeste (Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará) que totalizam 30 concessões.
Trata-se do prosseguimento de uma privatização branca de boa parte do setor de petróleo do país com a entrega da produção já estruturada que hoje somam mais de 70 mil barris por dia. A Petrobras O blog ainda está apurando mais detalhes sobre esta entrega a preço vil que o mercado gosta de chamar de forma eufemística como desinvestimento.
É como o blog comentou em nota aqui no dia 18 de julho de 2017, de que o objetivo é tornar a Petrobras pequena, mas lucrativa aos seus investidores, não se importando com a importância deste setor estratégico ao desenvolvimento nacional.
A Petrobras faz isto às vésperas de um leilão de oferta de áreas para concessão anunciado pela ANP. A entrega de 7 áreas que inclui 3 importantes campos da Bacia de Campos, do Polo Nordeste, além do campo de Merluza, na Bacia de Santos.
A venda destas áreas é certo que irá mexer com os efetivos de trabalhadores que deixariam de pertencer à Petrobras e de suas contratadas, considerando que a estatal é operadora de todas essas concessões.
O blog conversou há pouco com o diretor do Sindipetro-NF Leonardo Ferreira sobre a decisão da direção da Petrobras que afirmou:
"Sem a menor cerimônia a gestão atual da companhia põe na "vitrine" campos de petróleo, desprezando o impacto a empresa, aos trabalhadores e trabalhadoras e as comunidades/cidades próximas. Estes campos de petróleo serão rifados de "porteira fechada", com plataformas e gasodutos, como informou a companhia. Tudo isso a quase um mês do vencimento do Acordo Coletivo de Trabalho dos petroleiros e petroleiras. Um acinte, uma provocação que merece uma resposta dura e eficaz por parte da categoria petroleira contra esse desmantelamento daquela que até 4 anos atrás era principal mola indutora do país. Ampliaremos a luta e resistência para defender a Petrobrás que é uma empresa do povo brasileiro".
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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