De forma pacífica, mesmo indignados, eles estavam arrumando suas coisas para sair e assim, obedecer à decisão judicial que estava sendo cumprida com a determinação da oficial de justiça.
Assim, eles reclamavam bloqueio de uma das estradas (estrada dos Manhães) por enorme contingente de policiais, além de seguranças particulares da empresa Prumo que impedia a retirada do gado da área de reintegração de posse.
Os agricultores sendo comunicados da reintegração da área |
A reclamação gerou reação por parte de um segurança da empresa de segurança Sunset, prestadora de serviços da Prumo seguida de uma solicitação para que a Polícia Militar levassem detidos o proprietário desta área, junto com seu filho mais um apoiador da luta dos agricultores. Assim, os três se encontram desde o início da tarde na Delegacia de São João da Barra.
Desta forma tem-se o absurdo dos absurdos e um aumento da violência e da agressão aos pequenos agricultores da região do Açu. O blog detalhou aqui em nota extensa que as razões para desapropriação de 70 km² para o DISJB é completamente despropositada.
Os agricultores começam a desmontar o acampamento depois de 100 dias que tinham reocupados suas áreas |
Diante de mais esta grave agressão não parece restarem dúvidas, sobre a tentativa de criminalização de um movimento de resistência de uma comunidade. Como Da. Noêmia, um dos símbolos desta luta diz, eles se multiplicam como sementes, em proporção dobrada às agressões repetidas que sofrem.
Não a criminalização do Movimento pela retomada das terras do Açu!
Pela liberação imediata dos agricultores!
Todo apoio à Asprim e ao MST.
Os agricultores lamentam a situação e garantem que a luta por Justiça continua |
PS.: Atualizado às 20:58: Abaixo o blog publica nota pública do MST sobre o episódio:
NOTA PÚBLICA
Queremos denunciar o abuso da polícia militar em coluio com a empresa privada SUNSET que, hoje, durante o processo de reintegração de posse ocorrida nas terras do Porto do Açu, prendereu de forma duvidosa três companheiros.
O Conflito que se arrasta desde 2009 culminou nesta manha de 26/07 num despejou arbitrário e injusto dos agricultores da região.
Todo o processo fora acompanhado pelos seguranças privados do porto do Açu, empresa terceirizada (SUNSET), com objetivo de intimidar e constranger as famílias, que já estavam sofrendo um processo violento pelo Estado.
Diante desta perseguição pela segurança privada do Porto do Açu, o dirigente do MST, David Wigg Mendonça, e Vitor Almeida e seu pai Villson Almeida (membros da ASPRIM - Associação dos proprietários de imóveis e moradores do Açu, Campo da Praia, Pipeiras, Barcelos e Cajueiro) foram presos "em flagrante" em uma ação conjunta entre a polícia militar e a empresa terceirizada de segurança do porto, SUNSET, contratada pela CODIN, empresa do Estado.
Trata-se de uma prisão política que revela as relações imorais das empresas privadas e o Estado, em especial com os órgãos de segurança, que hoje vem sendo usados para criminalizar os movimentos sociais.
Não aceitaremos nenhum processo penal cujo objetivo é intimidar e silenciar a luta dessas famílias por seus direitos.
Lutar não e crime!
MST-RJ
Atualizado às 21:26: Para acrescentar link da publicação do Mídia Ninja: "Produtores rurais do Superporto do Açu sofrem reintegração de posse"
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