O fato acontece desde maio e contribuiu para a redução das operações do Porto do Açu, inclusive no pagamento do imposto municipal, o ISS.
Segundo a Shell em comunicado ao mercado “a decisão foi tomada em maio porque a infraestrutura e os procedimentos adotados pelo porto não estavam em conformidade com os padrões de segurança da Shell – e portanto descumpriam as provisões e procedimentos estabelecidos em contrato – como evidenciado por 3 incidentes em 17 operações desde agosto de 2016”.
Em maio deste ano, o blog informou aqui (Sobre o vazamento de óleo em operação de transbordo no Porto do Açu) sobre o acidente e vazamento de petróleo em atividades de transbordo de petróleo no Porto do Açu. O vazamento aconteceu às 23 horas do dia 4 de maio de 2017.
Ainda segundo a Shell, a interrupção das operações de transferência ship-to-ship dos carregamentos da Shell no Açu levou à suspensão dos pagamentos relativos a essa atividade, já que o porto descumpriu cláusulas de segurança previstas em contrato.
"O caso do vazamento do óleo no Açu tende a ser diferente de Angra. No Açu o terminal T1 é em mar aberto, enquanto no terminal Tebig da Transpetro, em Angra dos Reis se dá em águas mais abrigadas.
A multa decorrente deste acidente com consequências para o meio ambiente é responsabilidade do Inea. No último acidente deste tipo em Angra dos Reis para um vazamento de apenas 560 litros de óleo, a Transpetro mobilizou um total de 18 embarcações próprias e quatro alugadas e mais de 1.560 metros de barreiras de contenção e 1.900 metros de barreiras absorventes, além de dois recolhedores de óleo para fazer a limpeza do local atingido.
No Açu, ainda não se tem conhecimento sobre estes detalhes do plano de contingência adotado, que foi muito propalado durante a audiência pública de licenciamento desta atividade no Porto do Açu, no qual os empreendedores garantiam a absoluta segurança para as operações."
Ainda segundo a Shell, a interrupção das operações de transferência ship-to-ship dos carregamentos da Shell no Açu levou à suspensão dos pagamentos relativos a essa atividade, já que o porto descumpriu cláusulas de segurança previstas em contrato.
Operação de transbordo de óleo no T-Oil no Porto do Açu. Imagem Prumo. |
Nas últimas semanas, informações vinda de trabalhadores do Porto do Açu sinalizavam a preocupação com a suspensão desta atividade de transbordo. O fato do T-Oil no Terminal 1 do Porto do Açu se situar em mar aberto, com muito vento e não em área abrigada, pode ter contribuído para a Prumo não sanar os problemas, o que acabou determinando a suspensão das operações por parte da Shell.
A Shell fala em 3 incidentes, incluindo o acidente e o vazamento no dia 4 de maio de 2017 que só depois foi divulgado e a gravidade e consequências negadas.
A Prumo informa no Fato Relevante que o acordo comercial "prevê que a Shell utilize a infraestrutura e os serviços do Açu por 20 (vinte) anos em
regime de take-or-pay, a fim de transferir um volume médio de até aproximadamente
200,000 (duzentos mil) barris por dia, de acordo com o crescimento previsto no
cronograma de produção da Shell".
No acidente do dia 4 de maio de 2017, este blog comentou em nota:
"O caso do vazamento do óleo no Açu tende a ser diferente de Angra. No Açu o terminal T1 é em mar aberto, enquanto no terminal Tebig da Transpetro, em Angra dos Reis se dá em águas mais abrigadas.
A multa decorrente deste acidente com consequências para o meio ambiente é responsabilidade do Inea. No último acidente deste tipo em Angra dos Reis para um vazamento de apenas 560 litros de óleo, a Transpetro mobilizou um total de 18 embarcações próprias e quatro alugadas e mais de 1.560 metros de barreiras de contenção e 1.900 metros de barreiras absorventes, além de dois recolhedores de óleo para fazer a limpeza do local atingido.
No Açu, ainda não se tem conhecimento sobre estes detalhes do plano de contingência adotado, que foi muito propalado durante a audiência pública de licenciamento desta atividade no Porto do Açu, no qual os empreendedores garantiam a absoluta segurança para as operações."
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