As voltas que os sistemas interestatal capitalista (Fiori) vem dando em termos de realinhamento mundial estão, de forma paulatina, caminhando para alterar esta realidade.
O fato da China ter se tornado o maior importador mundial de petróleo (mesmo que não seja o maior consumidor que ainda é os EUA) tem criado condições para que os chineses imponham determinadas condições, inclusive para a maior nação exportadora que é a Arábia Saudita.
São várias e seguidas inciativas que avançam também para uma maior relação da China com a Rússia que disputa com os EUA e Arábia Saudita, a condição de maior produtor mundial de petróleo desde 2014.
Assim, vale ler esta breve matéria publicada hoje, aqui, no portal internacional de notícias RT e que foi republicado aqui no site da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras) com tradução de Alex Prado, com o título "China pode destruir o petrodólar atraindo a Arábia Saudita para negociar petróleo em yuan". Assim, este blog também posta o texto logo abaixo abaixo. A geopolítica da energia segue ditando novos movimentos que podem alterar hegemonias mundiais. Vale conferir!
China pode destruir o petrodólar atraindo a Arábia Saudita para negociar petróleo em yuan
Pequim está tentando "obrigar" a Arábia Saudita a vender petróleo bruto em yuan, o que seria seguido por outros países, de acordo com o economista-chefe e diretor-gerente da High Frequency Economics, Carl Weinberg. Isso vai atingir o dólar dos EUA, diz ele.
Fonte: Jianan Yu / Reuters, publicado pela RT. |
Em entrevista à CNBC Weinberg disse que a China se tornou um dos principais players do mercado de petróleo desde que ultrapassou os EUA como maior importador do mundo.
A Arábia Saudita tem que "prestar atenção nisso porque, até em um ou dois anos, a demanda chinesa vai afetar a demanda dos EUA", disse Weinberg à mídia.
"Eu acredito que o preço do petróleo no yuan está chegando e, assim que os sauditas aceitarem - como os chineses os tentam fazer - então o resto do mercado de petróleo se moverá junto com eles", acrescentou.
Um acordo de 1974 entre o presidente dos EUA Richard Nixon e o rei saudita Faisal fez com que Riyadh aceitasse dólares para todas as exportações de petróleo.
No entanto, recentemente, países como a China e a Rússia têm procurado excluir o dólar do comércio bilateral de petróleo. A Rússia e a Arábia Saudita são os principais exportadores de petróleo para a China, alternando-se no primeiro lugar.
A China já disse que quer iniciar um contrato de futuros de petróleo bruto com preço em yuan e conversível em ouro.
O investidor veterano Jim Rogers disse à RT no mês passado que os países estão ficando mais preocupados com o comércio em dólares, porque "se os EUA ficarem com raiva de você, eles
estabelecem uma enorme pressão, que pode tirá-lo dos negócios".
"A China, a Rússia e outros países entendem isso e estão tentando mudar o comércio e o financiamento mundial", disse Rogers.
Em julho, Rússia e a China assinaram um fundo de investimento de 68 bilhões de yuans (US $ 10 bilhões) para facilitar as trocas entre rublo-yuan.
A Arábia Saudita tem que "prestar atenção nisso porque, até em um ou dois anos, a demanda chinesa vai afetar a demanda dos EUA", disse Weinberg à mídia.
"Eu acredito que o preço do petróleo no yuan está chegando e, assim que os sauditas aceitarem - como os chineses os tentam fazer - então o resto do mercado de petróleo se moverá junto com eles", acrescentou.
Um acordo de 1974 entre o presidente dos EUA Richard Nixon e o rei saudita Faisal fez com que Riyadh aceitasse dólares para todas as exportações de petróleo.
No entanto, recentemente, países como a China e a Rússia têm procurado excluir o dólar do comércio bilateral de petróleo. A Rússia e a Arábia Saudita são os principais exportadores de petróleo para a China, alternando-se no primeiro lugar.
A China já disse que quer iniciar um contrato de futuros de petróleo bruto com preço em yuan e conversível em ouro.
O investidor veterano Jim Rogers disse à RT no mês passado que os países estão ficando mais preocupados com o comércio em dólares, porque "se os EUA ficarem com raiva de você, eles
estabelecem uma enorme pressão, que pode tirá-lo dos negócios".
"A China, a Rússia e outros países entendem isso e estão tentando mudar o comércio e o financiamento mundial", disse Rogers.
Em julho, Rússia e a China assinaram um fundo de investimento de 68 bilhões de yuans (US $ 10 bilhões) para facilitar as trocas entre rublo-yuan.
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