Foto feita ontem (05/12/2017) às 20:30 quando da chegada de Lula para falar na Praça do Liceu, em Campos dos Goytacazes. |
Hoje, por compromissos no Rio de Janeiro, eu não pude estar presente na sua visita e palestra para alunos, servidores e convidados no Instituto Federal Fluminense.
Ainda não tive tempo de ver ou ler nada sobre sua atividade no dia de hoje.
No geral, só por ontem, mais uma vez me chamou a atenção o enorme e já conhecido carisma do Lula.
Poucos chegam perto deste nível de carisma. Nenhum no ambiente da política.
Sobre isto, não há como não recordar deste enorme carisma lá em 1999, quando Lula, ainda não tinha sido presidente e já havia perdido três eleições seguidas, ao visitar o então Cefet Campos.
O alvoroço de alunos e servidores era colossal, com todos querendo cumprimentá-lo e abraçá-lo.
Multiplique isto por cem ou mil é o Lula de hoje, quase duas décadas mais velho e mais batido da luta pela vida. mas ainda muito animado e sempre mais otimista que todos.
A grande acusação que na verdade pesa contra Lula, de um lado e outro é a sua forma de ver o mundo através da mediação, que é exatamente do campo da política.
Há quem veja nisto um defeito, reclamando do viés da busca permanente que faria pela conciliação.
Para outros, o desejo da mediação dos interesses e posições, com mais ou menos conciliação é virtude.
Aparentemente, a atual conjuntura o empurra atualmente, para uma posição menos centrista.
Porém, parece, mais uma vez que será o percurso que ditará este movimento.
O que pode ser um fator atrativo para os dois lados, o que já ensejaria pelas linhas transversas uma nova espécie de conciliação.
Porém, mediação e conciliação é do campo da política, não eliminando a maioria que é onde se obtém o poder.
Pelo discurso de Lula, ontem, inegavelmente, se viu que ele está muito mais forte e nada conciliador, contra aqueles que política e ideologicamente se opõem contra ele.
Lula critica fortemente a trindade: mídia, judiciário e o mercado. Ainda mais forte que a crítica individual a cada um destes três setores, Lula pesa a mão contra a união destes três setores, mais o parlamento.
Juntos eles golpearam uma presidente eleita por 54 milhões de votos.
Do alto do palanque Lula lembrou que não fez com Aécio e o PSDB. Disse que quando perdeu nas três vezes anteriores, voltou para a casa, para o partido e foi novamente conversar com as pessoas para buscar apoio.
Mas resumindo tudo de sua atual fala, pode-se dizer que Lula centra basicamente sua posição novamente em três pontos:
1) Na crítica à atual submissão, dependência e perda da soberania que o governo golpista ofereceu àqueles que ajudaram no golpe. Neste caso, o desmonte do setor petróleo, entrega de nossas riquezas e privatização da Petrobras é o principal.
2) No ataque que o governo golpista fez e continua a fazer contra as pessoas com o arrocho das mudanças nas leis trabalhistas e previdenciárias, assim como o pensamento único da questão fiscal, sem que se trabalhe os investimentos para que as receitas cresça junto com o emprego e assim reduza, o tal déficit fiscal;
3) O fato de ter deixado de lado a ideia de inclusão com os programas sociais, que empregam, ampliam as vagas na educação e melhora a saúde. A ideia de ver a inclusão social como letimotiv também econômico para as receitas. Assim, Lula deita e rola na expansão das escolas técnicas e universidades federais, Prouni, etc.
Enfim, diante do contraste do que é esta sua fala, agora com os exemplos do que fez, mais o carisma e a realidade do governo golpista, ajudado pelos tucanos e da total falta de carisma do Temer e Alckmim, só fraudando e/ou matando o Lula para impedi-lo de voltar à Brasília.
Pela frente se tem onze meses.
Estou com aqueles que interpretam que a maioria silenciosa está muito ciente do caminho a seguir.
Não sei se terão coragem de riscar o fósforo para ver o grau de inflamabilidade desta maioria hoje silenciosa, mas atenta, disposta e tão otimista quanto o próprio Lula.
PS.: Atualizado às 23:50:
Eu esqueci de um ponto que não é um detalhe. Ao inverso é importante na análise. A participação da juventude foi extraordinária. Mostrou uma energia que é fundamental em qualquer processo político. Havia antes um vácuo na formação política. Hoje na oposição a juventude assume um protagonismo que é indispensável na formação e na própria ação política. Na oposição é mais fácil ela se posicionar e assumir liderança. E também neste quesito o Lula é um caso raro tamanha a sua capacidade de se relacionar. Não se percebe conflitos geracionais, ao inverso, ele estimula e a juventude sente sinceridade no diálogo com o Lula. Esta mobilização é muito forte e realça a inflamabilidade a que me referi. Esta garotada é genuína em sua participação e mostra uma força que poucos acreditavam, porque ela reaparece e assume um protagonismo num espaço e num partido que poucos acreditavam.
PS.: Atualizado às 23:50:
Eu esqueci de um ponto que não é um detalhe. Ao inverso é importante na análise. A participação da juventude foi extraordinária. Mostrou uma energia que é fundamental em qualquer processo político. Havia antes um vácuo na formação política. Hoje na oposição a juventude assume um protagonismo que é indispensável na formação e na própria ação política. Na oposição é mais fácil ela se posicionar e assumir liderança. E também neste quesito o Lula é um caso raro tamanha a sua capacidade de se relacionar. Não se percebe conflitos geracionais, ao inverso, ele estimula e a juventude sente sinceridade no diálogo com o Lula. Esta mobilização é muito forte e realça a inflamabilidade a que me referi. Esta garotada é genuína em sua participação e mostra uma força que poucos acreditavam, porque ela reaparece e assume um protagonismo num espaço e num partido que poucos acreditavam.
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