O atual Conselho de Administração (CA) da Petrobras diz textualmente quase 60% dos US$ 60,3 bilhões) dos
seus investimentos em Exploração e Produção no pré-sal, apesar de dizer também investir US$ 18,9 bilhões
na Bacia de Campos que deverá receber no período 4 novas plataformas e terá a
perfuração de 6 novos poços exploratórios, além da recuperação dos campos
chamados de maduros.
A previsão do blog Petróleo e Energia divulgada hoje aqui é até 2026, as reservas do Pré-sal representem 74% da produção, possivelmente com mais da metade de empresas estrangeira. Segundo a mesma fonte, hoje, a fatia das empresas privadas já representa 33% do total da produção no pré-sal. Com a entrada em operação do bloco de Libra e a retomada do calendário de leilões, a tendência é que a participação da Petrobras caia ainda mais nos próximos anos.
A previsão do blog Petróleo e Energia divulgada hoje aqui é até 2026, as reservas do Pré-sal representem 74% da produção, possivelmente com mais da metade de empresas estrangeira. Segundo a mesma fonte, hoje, a fatia das empresas privadas já representa 33% do total da produção no pré-sal. Com a entrada em operação do bloco de Libra e a retomada do calendário de leilões, a tendência é que a participação da Petrobras caia ainda mais nos próximos anos.
O novo PGN 2018-2022 aprovado pelo atual Conselho de
Administração da Petrobras foi divulgado pela empresa na última quinta-feira em
fato relevante. O volume total de investimentos do PGN 2018-2022 é de US$ 74,5 bilhões, com apenas US$ 13,1 bilhões em Refino e Gás natural.
O volume total de investimentos é quase o mesmo do PGN 2017-2021 que foi de US$ 74,1 bilhões, com US$ 60,6 bilhões em Exploração e Produção. O volume total é quase quatro vezes menor que o PGN de 2014-2018 que foi de US$ 220,6 bilhões, antes da inversão de fases do ciclo de preços do barril de petróleo no mercado internacional (ciclo petro-econômico).
Este PGN 2018-2022 da Petrobras precisa ainda ser mais esmiuçado,
porém uma simples leitura deixa ainda mais claras, as intenções entreguistas do
atual grupo dirigente que em pouco mais de um ano, repassou a preço vil vários
ativos da companhia, além de ter aumentado os combustíveis e o gás de cozinha
em mais de 50%, mesmo que o preço do barril de petróleo ou o m³ de gás esteja
num patamar 50% inferior ao que estava até 2014.
O economista Cláudio Oliveira aposentado da Petrobras fez
outra observação em artigo publicado aqui no site 247, sobre o PGN 2018-2022 que é
sobre as causas da queda de mais de 10% na geração operacional de caixa (GOC)
em relação ao plano anterior?
“A GOC no PNG 2017-2021 era de US$ 158 bilhões e, mesmo com
um ligeiro aumento de produção, caiu para US$ 141,5 bilhões no PNG 2018-2022.
Uma diferença de US$ 16,5 bilhões (mais de US$ 3 bilhões por ano). Como sempre,
nenhuma explicação foi dada. Qual a causa disto? Seria a venda de ativos produtivos
(Liquigas, NTS etc.) ou a nova política de preços, que coloca as refinarias na
ociosidade?”
Oliveira diz ainda que "o PNG 2018-2022 não foi discutido e
apresentado abertamente em coletiva de imprensa e completa afirmando que o novo
PGN 2018-2022 é uma pérola em criatividade. Prevê venda de ativos no montante
de US$ 21 bilhões, mas não prevê nenhuma rolagem de dívida para evitar a venda
destes ativos. Pelo contrário, foi criado um novo item chamado de “Formação de
caixa” no montante de US$ 8,1 bilhões. Ou seja, o PNG 2018-2022, prevê uma
aumento adicional do caixa da companhia neste valor. Mas será que a empresa
precisa aumentar seu caixa? Ou isto é só um disfarce para justificar a venda da
ativos? É sempre bom lembrar que a receita da Exxon é mais de 2,5 vezes
superior à da Petrobras".
Veja abaixo quandro comparativo sobre o saldo de caixa entre a Petrobras e a americana Esso (maior petroleira mundial) no período entre 2012 e 2016:
A situação só não é pior porque ainda há no interior da estatal técnicos que estão bravamente lutando contra o desmonte. É uma luta de David contra o Golias golpista. Mas, não é difícil prever que parte de tudo isto poderá ser revisto, dependendo da posição e movimento da sociedade brasileira. A conferir!
PS.: Atualizado às 14:42: Para acrescentar o atual 2º parágrafo.
2 comentários:
primeiramente parabens e feliz ano novo,, O blog do Sr,na minha opinião é o mais completo sobre petroleo do pais..,,
enfim quanto ao assunto acima acima é oque po sr deveria observar é que a cadeia do refino ficara restrita a europa e usa e japao,,não é toa que todas refinarias do iraque foaram destruidas,acabando com excesso da exportação no caso mosul iraq ainda foi comprada pelo usa/ saudiararamaco em troca da refinaria americana.. buy back swap oiltanker deal..
resumindo...tecnologia de petroelo custa caro...
Obrigado Carlos.
A AS está investindo pesadamente em refino. Além disso, a Aramco passou a controlar completamente a refinaria em Port Arthur no Texas que possui capacidade para processar quase 600 mil bpd.
As tecnologias usadas em processamentos mais modernos são caros, mas bancados, cada vez mais, pelos grandes fundos financeiros e articulados às traders para garantir menores custos de logística, como a Trafigura, Gunvor e Vitol Group que possuem sedes na Suíça.
Além dos EUA e Europa, a Ásia, Oriente Médio e África constroem refinarias. A Índia vem expandindo o seu parque de refino por conta de ser hoje o 4º maior mercado de petróleo do mundo. A Índia está ainda concluindo seis novas unidades com mais 600 mil bpd de processamento. Além disso, desde 2008, a Índia possui em funcionamento uma das maiores refinarias do mundo, a Reliance Industries que processa 580 milbpd.
O Kuwait no Oriente Médio está também montando uma refinaria com capacidade próxima de 600 milbpd. Os EAU outra com capacidade de 4 00 milbpd. Na África, Argélia e Angola também.
Os produtores que controlam suas produções que não estão entregues às corporações petrolíferas, caminharam para agregar valor com o refino para entrar no mercado dos derivados, onde se dá a maior apropriação da renda do petróleo.
É cretino o governo golpista ter feito opção por mudar a política de preços e entregar o parque de refino de nosso imenso mercado consumidor de derivados a esta lógica que hoje faz com que quase 30% do nosso parque de refino esteja ocioso, enquanto o país bate todos os recordes de exportação de óleo cru e também de importação de derivados.
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