No ano passado a Petrobras já entregou a rede de gasodutos do Sudeste, da empresa NTS (Nova Transportadora do Sudeste). Ela foi entregue para controle do fundo financeiro canadense Brookfield, que pagou apenas US$ 5,2 bilhões por uma malha de 2,5 mil quilômetros de gasodutos que interliga os campos de petróleo das maiores bacias, inclusive o pré-sal, à maior região consumidora de gás do país.
Depois da venda, a Petrobras passou a pagar tarifas por este rede que é um monopólio. Porque, simplesmente, não há como escoar o gás do pré-sal sem esta rede. Portanto, uma renda de monopólio entregue por uma empresa estatal para um fundo financeiro estrangeiro a preço vil.
Em seis meses a Petrobras pagou de tarifa (segundo seus balanços) o equivalente a um terço do valor recebido pela venda desta colossal infraestrutura.
Ou seja, em um ano e meio a estatal terá pago em tarifas tudo o que recebeu pela venda de toda a infraestrutura, tendo ainda assumido pelo "acordo", o compromisso pela operação e manutenção de todo o sistema. Absurdo. Inacreditável!
Mapa da malha de gasodutos da TAG. |
Os consórcios liderados pelo Macquarie Group, da Austrália, o Engie, da França, e o fundo soberano dos Emirados Árabes, Mubadala Development que tem participação acionária na Prumo, controladora do Porto do Açu estão preparando as suas ofertas agora para a rede de gás da TAG.
Além destes consórcios os fundos de pensão Canada Pension Plan Investment Board (CPP IB) e o fundo soberano de Cingapura GIC, junto com o banco Itaú, também podem participar segundo aqueles que acompanham os “esquemas” do Parente e da diretoria da Petrobras.
Diz-se no mercado que o valor do ativo da TAG que os consórcios estão buscando financiamento junto aos bancos poderia chegar a US$ 7 bilhões, um preço baixo pela enorme renda de monopólio que ela oferece.
Vale registrar que o gás natural é um dos grandes potenciais das reservas dos campos do pré-sal. Não há como escoar esta enorme produção em vias de se efetivar, sem esta infraestrutura dos gasodutos que também serve para distribuir o gás natural pelas diversas regiões do país.
Assim, mais uma vez, se diz que não se trata de uma parceria-público-privada (uma PPP) para fazer uma infraestrutura nova para o país. Mas, simplesmente, uma entrega de uma enorme rede de gasodutos. Pronta e a preço muito barato, considerando as diversas circunstâncias, para explorar uma renda de monopólio, pois os produtores de gás em terra e, especialmente no litoral, não têm outra forma de escoar o gás produzido que não seja por esta colossal rede.
Um roubo, assalto, ou o que valha. Um apropriação deste tipo necessitaria sim de uma verdadeira intervenção a favor da nação. Porém, mais uma vez, se sabe que isto não vem ao caso. É um negócio de mercado, aquela mesmo que controla o poder político, a mídia e o silente judiciário.
Vale registrar que o gás natural é um dos grandes potenciais das reservas dos campos do pré-sal. Não há como escoar esta enorme produção em vias de se efetivar, sem esta infraestrutura dos gasodutos que também serve para distribuir o gás natural pelas diversas regiões do país.
Assim, mais uma vez, se diz que não se trata de uma parceria-público-privada (uma PPP) para fazer uma infraestrutura nova para o país. Mas, simplesmente, uma entrega de uma enorme rede de gasodutos. Pronta e a preço muito barato, considerando as diversas circunstâncias, para explorar uma renda de monopólio, pois os produtores de gás em terra e, especialmente no litoral, não têm outra forma de escoar o gás produzido que não seja por esta colossal rede.
Um roubo, assalto, ou o que valha. Um apropriação deste tipo necessitaria sim de uma verdadeira intervenção a favor da nação. Porém, mais uma vez, se sabe que isto não vem ao caso. É um negócio de mercado, aquela mesmo que controla o poder político, a mídia e o silente judiciário.
PS.: Mais detalhes sobre o o assunto veja postem deste blog em 3 dez. 2017: "Outro fundo financeiro (Blackstone) deve levar a rede de gasodutos da Petrobras no Nordeste, em mais um escárnio!". Disponível em: http://www.robertomoraes.com.br/2017/12/outro-fundo-financeiro-blackstone-deve.html
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