Lucros dos bancos brasileiros seguem colossais mesmo com a crise

Lucros dos bancos brasileiros em 2017, em plena crise, foram colossais.

Eles atingiram o percentual de até 54,2% em relação ao ano anterior.

Assim, em 2017, os lucros chegaram à magnífica quantia de R$ 64,8 bilhões.

E com previsão em 2018, de aumentar em pelo menos 10%.

Assim, não dá para deixar de perguntar: crise para quem?

Da onde veio esta colossal quantia que os bancos faturaram?

Quem perde e que ganha com a crise?

O novo presidente do Bradesco não sem hipocrisia e com cinismo disse que os bancos que operam no Brasil precisam aprender a ganhar menos com a riqueza de mais brasileiros.

Ora, ora. O rentismo segue sua sina e abocanha parte cada vez maior da produção, onde estão os empregos que, em tese, demandaria os serviços e o comércio no ciclo virtuoso do capitalismo.

Nesta direção, o caso do rentismo e dos ganhos dos bancos brasileiros, talvez seja o exemplo maior de como a financeirização engole a maior parte dos ganhos da produção.

Porém, o esgarçamento dos limites dos ganhos acontece como se não houvesse amanhã.

Esta sanha é que produz a onda antissistema, que monta nos discursos reacionários e de direita que levaram ao Trump e ao Brexit e a mais outras reações mundo afora.

Há limites para este esgarçamento sem ganhos.

Talvez, isto permita pelas razões opostas e paradoxais a implosão do sistema.

A velocidade deste processo parece ter se ampliado aqui e acolá.

As resistências aumentarão.

Não há porque duvidar disto.

PS.: Fonte do Infográfico, Valor, 23 fev. 2018, P. C1.