O fundo americano EIG que controla a holding (grupo) EIG LLX conseguiu em leilão arrematar a maioria das ações dos acionistas minoritários e assim fechar definitivamente seu capital, intenção que vinha desde o ano de 2016.
Assim a corporação EIG LLX S.à.r.l. Holdings em fato relevante divulgado ao mercando informou que adquiriu um total de 39.322.304 ações ordinárias de emissão da Companhia em circulação,
representativas de 10,46% do seu capital social. As ações foram adquiridas pelo
preço unitário de R$ 11,50, totalizando o valor de R$ 452.206.496,00.
Com a
liquidação financeira das aquisições realizadas no Leilão, que ocorrerá em 14 de
março de 2018, as ações em circulação remanescentes representarão 1,44% do
capital social da Companhia.
Agora a corporação só espera a manifestação oficial da CVM
quanto ao deferimento do cancelamento do registro para deixar de ser uma empresa S.A. se tornando uma empresa de capital fechado e assim se desobrigando de tornar transparente diversos atos e decisões previstos em lei.
O limite permitido pela CVM de concentração de capital é de 75%. Acima disto o acionista controlador deve comprar as ações dos minoritários ou retornar a um percentual abaixo. Desta forma, desde 2016, a EIG tenta fechar seu capital social, mas o valor a ser pago às ações dos minoritários era o problema.
A proposta inicial da EIG foi o de pagar apenas R$ 6,69 por cada ação baseada num laudo contratado por eles. Depois, em função de outros laudos este valor aumentou. No leilão da última sexta-feira, 9 de março de 2018, diferentes grupos de acionistas minoritário chegaram a pedir entre R$ 13 e R$ 18, mas o valor fechado foi de R$ 11,50 por ação.
Foi determinante para isso a posição do fundo financeiro Mubadala de Abu Dhabi que hoje possui 6,9% das ações. O banco Itaú que chegou a ter 6,4% das ações já havia negociado sua participação obtida nas negociações quando da saída de Eike já havia negociado sua parte para a EIG.
A Prumo Logística Global controlada pela EIG LLX S.à.r.l. Holdings, antes da decisão de fechamento de capital tomada na última sexta-feira e que agora só depende de homologação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tinha a composição acionária abaixo.
Esse percentual de 80,2% que o fundo EIG detinha só vinha sendo tolerado, por conta dos ajustes e definição dos valores da compra das ações dos minoritários que se arrastava desde 2016.
Outras consequências para a região e para empresas que negociam com a Prumo seriam hoje pequenas, diante do poder já centralizado pelos gestores nomeados pelo fundo financeiro americano EIG para gerir a holding Prumo e as suas várias empresas subsidiárias.
Mais detalhes e comentários sobre esta operação e seus desdobramentos, o blog deverá trazer adiante.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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