No dia 22 de março (há mais de um mês), o nosso blog deu uma extensa nota com o seguinte título:
"Parente favorece as tradings - de onde veio - do setor de petróleo e derivados com sua política de preços no país. Assim, a Vitol a maior do mundo, aumenta seus lucros e atuação no Brasil".
As relações de Parente e sua diretoria com os fundos financeiros e as tradings é bem conhecida.
No dia 23 de abril de 2018, o blog fez uma extensa descrição sobre o papel dos fundos financeiros na economia global e suas relações com o rentistas e capital no Brasil, que teve o seguinte título:
"Os movimentos das frações do capital, a função e a mobilidade dos fundos financeiros na economia global contemporânea".
No dia 25 de abril, o blog detalhou um dos exemplos de atuação dos fundos neste momento de colapso da economia e desvalorização dos ativos no Brasil, em especial no setor petróleo, com a seguinte nota:
"Fundos aceitam pagar US$ 8 bi pela TAG, empresa subsidiária de gás da Petrobras".
Já no dia 28 de abril, o blog avançou com outra nota sobre a relação de Parente com os fundos financeiros, explicando porque esta proximidade e confiança, explicava sua nomeação para outra presidência, agora da corporação BRF do setor de alimentos:
"Pedro Parente, o homem de confiança dos fundos financeiros!"
É um quadro claro para quem deseja enxergar os movimentos. Assim, esta medida que o jornal Valor estampou como manchete, em sua primeira página (30/04/2018) dizendo que "A Petrobras veta tradings em refino" e que a "estatal quer parceiros estratégicos para a sociedade no refino que seja de longo prazo e invista no país" é um engôdo.
Enganação porque na mesma matéria, Parente diz que vê com bons olhos "companhias de refino e fundos financeiros para a compra das refinarias" (no todo ou parte) das Petrobras.
Na realidade, o alegado veto altera pouco, ou nada, porque os fundos financeiros controlam a maioria das players privadas do setor petróleo que que atuam em refino de petróleo no mundo.
Além disso, vários fundos financeiros são aplicadores majoritários em negócios das tradings que atuam no comércio de petróleo cru (insumo para as refinarias) e em derivados (produto final do refino).
Alguns destes fundos operam com o conhecido "day-trades" (compra e venda no mesmo dia) e assim estão imbricados com as tradings que o Parente (tentando parecer bom moço) tenda mostrar, para incautos, que rejeita.
O nosso blog vai voltar o assunto. Parente e sua diretoria (pós-golpe) ao tentar dizer que veta as tradings, na verdade, assume que sabe como atua o setor, de onde veio e onde continua a manter as relações mais fortes. Tudo isto explica o movimento desta fração do capital vinculada ao mercado de petróleo.
Além da turma de que age e ganha dinheiro no mercado com este setor, poucos hoje conseguem decifrar estes movimentos. Mas nós continuaremos no esforço para detalhar e esmiuçar os movimentos e interesses envolvidos com neste setor da economia que hoje tem a Petrobras como alvo.
Valor Infográfico - P.B1-30-04-2018 |
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