Nossas empresas (chamadas de ativos pelo mercado) estão quase de graça.
Os fundos financeiros avançam seus apetites sobre negócios não apenas de infraestrutura, energia (petróleo) e do setor imobiliário.
As áreas de logística, agronegócio, saúde e até comércio (shoppings e varejo) estão sendo cada vez mais controladas pelos fundos financeiros.
Estes nomeiam seus executivos para dirigirem as empresas.
Buscando metas e um destaque em seus portfólios de carreira, assim avançam em buscas de resultados.
Desta forma, aplicam a tal reengenharia, estendem as terceirizações, precarização do trabalho e as baixíssimas relações com as populações a quem servem ou se servem.
Os fundos financeiros como eu tenho dito, não têm rosto e ninguém sabe quem aplica neles.
Eles só divulgam em que áreas aplicam os dinheiros captados.
No Brasil, ao contrário do que dizem, os fundos seguem com enorme apetite enorme aproveitando o "Brasil baratinho" desta fase de colapso do ciclo econômico.
Juntam o rentismo de dentro ao da economia global em articulações pouco compreendidas pelas fiscalizações.
Tudo sem dinheiro, só troca de informações.
Os bancos centrais das nações perdem poder com o avanço dos fundos.
É uma lógica que explica muito do que nos cerca, sem que o processo e os movimentos sejam percebidos.
Assim, os ativos financeiros avançam e cooptam a maior parte do lucro do setor produtivo tornando o rentismo uma prática que esgarça o sistema.
Como eu tenho dito, em dois anos, o Brasil se tornou um dos maiores "cases" em termos de volume e velocidade em que se deu a implantação desta racionalidade que avança sobre a produção no Brasil dominado pelo mercado.
Em tempos de derivativos, especulação e avanço do capitalismo ultra-financeirizado, as contradições e os impasses se ampliam.
Isto tudo tem limites, mesmo no capitalismo desregulado.
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