O IFDM também trabalha com três indicadores básicos:
educação, saúde e emprego-renda que difere do IDH que usa longevidade para
avaliar saúde. O IFDM também varia de 0 a 1. De 0 a 0,4 é baixo; 0,4 a 0,6
regular; 0,6 a 0,8 moderado e 0,8 a 1,0 alto.
Ontem, seus organizadores divulgaram o IFDM 2016. Há várias
observações comparativas interessantes de serem feitas. Porém, vou iniciar com
uma interpretação que me chamou a atenção.
Apenas dois municípios do ERJ - que vive enorme crise econômica,
social e fiscal – apresentaram alto desenvolvimento: Itaperuna e Nova Friburgo,
primeiro e segundo colocado respectivamente no ranking do ERJ. Em 2013 eram 15
municípios nesta situação.
No plano nacional, Itaperuna e Nova Friburgo estão, respectivamente,
na 265ª e 346ª colocações, enquanto Campos dos Goytacazes, por exemplo, está em
28ª colocação no estado e 1.691ª colocação no ranking nacional.
A situação em outros municípios petrorrentista: Macaé está
16ª colocação no ERJ e 1.084ª no país. SJB é 34ª no ERJ e 1,942ª posição no
ranking nacional. Maricá que agora tem enorme e crescente receita de royalties
do petróleo está 49ªposição no ERJ e 2669ª no ranking nacional.
Vale observar que nem Itaperuna e nem Nova Friburgo possuem
grandes orçamentos e nem são petrorrentistas com as goradas receitas dos
royalties do petróleo.
O caso serve para reforçar o que eu tenho dito em alguns
debates por onde tenho ido discutir temas relacionados ao desenvolvimento
regional: ao contrário do que muitos pensam os municípios não petrorrentistas,
incluindo os da região Noroeste Fluminense, tem muito a ensinar, em especial,
aos petrorrentistas que dizem querer viver de forma menos dependente destas
rendas.
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