No palácio, o clima não é nem de final de festa, porque não houve, mas de certo desespero, diante dos riscos de novas denúncias no STF contra Temer. Tanto que voltou a conversar com Gilmar Mendes para sentir a ameaça destes riscos.
Não duvidem se Temer chutar o barraco todo, na medida que não quer terminar o golpe abraçado ao Cunha, hipótese que fica cada vez mais próxima.
A raiva de Temer contra os tucanos não tem como ser medida e pode abandonar a razão.
O mercado cada vez tira mais dólares do Brasil são dezenas de bilhões sugados de nossas reservas.
A Marina descartou aceno de FHC e a aproximação com o PSDB.
O DEM diz que pode ir com qualquer um que tenha chances.
O cerco sobre as “não ideias” do candidato a delegado do Brasil, Bolsonaro, se intensifica e vem dos jornalistas ligados aos tucanos, apavorados com seus espaços ocupados.
Estes tentam desesperadamente sustentar Alckmin, como alternativa, após a nova e desanimadora pesquisa do Datafolha.
O ex-governador tenta se equilibrar batendo na mesa, reagindo à trairagem do decadente Doria e do FHC.
Na falta de outro vai se mantendo, sem conseguir animar a campanha, atuando quase sozinho.
Ciro também busca apoios mais ao centro e menos à centro-esquerda e ao PT.
Assim, Ciro amplia espaços sem deixar de preocupar o mercado com o qual busca ampliar diálogo, para tirar vetos, mas sem aproximações públicas.
Um acordo de Ciro com o PT caminha para um entendimento no segundo turno, onde é cada vez mais difícil não enxergar a presença de um candidato da esquerda ou centro-esquerda, única hipótese que poderia levar a um acordo antes do 1º turno.
O PCdoB segue apostando numa união das esquerdas.
O PSB tende para o PT, mas quer mais definições e aumenta a fatura de apoio cobrado nos Estados, para além de Pernambuco. O PSB quer ampliar bancada no Congresso e tentar fazer mais governadores, substituindo em parte o papel do MDB.
Lula segue preso, mas a cada dia que passa está mais forte como líder e não apenas como eleitor.
O PT encontrou uma estratégia que parece dar uma “pausa” no jogo, prendendo outros lances.
O caso merece uma metáfora que parece apropriada. O PT com a indefinição de Lula e esperando o último momento, parece o garoto dono da bola, que só deixa o jogo começar quando lhe escalarem.
Nos próximos 20 dias, o quadro seguirá indefinido, mas como menos jogadores no páreo.
Seguimos conferindo.
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