A Glencore que tem sua sede internacional em Baar, na Suíça recebeu na segunda-feira intimação do governo americano questionando o descumprimento de leis e práticas anticorrupção e lavagem de dinheiro internacionais, referentes a seus negócios na Nigéria, Congo e Venezuela, num período que começaria em 2007 até agora. Por conta destes questionamentos as ações da mineradora estão recuando agora pela manhã cerca de 5% nas Bolsas de Valores. (Ver aqui e aqui)
A Glencore atua no Brasil com sede em São Paulo e unidades em outros oito estados do país, como trading em negócios de importação e exportação, inclusive de petróleo e combustíveis.
Atualmente está em fase de conclusão para a compra da rede Alesat com cerca de 2000 postos de combustíveis em 22 estados brasileiros.
As relações da Glencore com a Petrobras cresceram muito no período recente da gestão de Pedro Parente à frente da estatal, quando esta passou a exportar quase um milhão de barris por dia de petróleo cru e importar derivados e combustíveis.
Este novo caso da Glencore serve para demonstrar como a corrupção trata-se de negócios que envolve o poder econômico sobre o controle e a regulação do Estado.
Os seguidos casos de carteis, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos das grandes corporações e oligopólios internacionais colocam em xeque os discursos de compliance e sustentabilidade usados por estas corporações que tentam na maioria das vezes culpar apenas os agentes políticos, como se pudesse existir corrupção sem corruptor.
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