Nesta linha o blog vem reafirmado que as reservas do pré-sal
potencializam uma nova fase de expansão do setor que mobilizam as players
petroleiras e para-petroleiras que prestam serviços e apoio ao setor.
Desta forma, o blog descreve abaixo, destaca e comenta baixo trechos da entrevista do CEO da empresa alemã Siemens
no Brasil, André Clark, concedeu hoje ao portal PetroNotícias.
As estratégias e objetivos expostos pela Siemens são demonstrações do que venho afirmando sobre o grande interesse de capitais e corporações que atuam no segmentos de energia, diante das oportunidades geradas pelo Brasil, a partir do pré-sal que inclui o gás-natural como energia de transição entre o petróleo e a eletrificação.
A alemã Siemens está há mais de um século no Brasil, onde atua em diversos setores - hoje com 5,5 trabalhadores - que atuam nas áreas de equipamentos de saúde, digitalização e infraestrutura onde a corporação ganha destaque na área de óleo e gás, se apresentando assim, como a "maior empresa de tecnologia integrada do Brasil".
A alemã Siemens está há mais de um século no Brasil, onde atua em diversos setores - hoje com 5,5 trabalhadores - que atuam nas áreas de equipamentos de saúde, digitalização e infraestrutura onde a corporação ganha destaque na área de óleo e gás, se apresentando assim, como a "maior empresa de tecnologia integrada do Brasil".
No setor de energia, óleo e gás, a Siemens possui uma fábrica em Santa Bárbara (SP), uma
unidade no bairro de Santa Cruz, Rio de Janeiro, onde produz e monta alguns
equipamentos como turbinas, compressores e outros equipamentos offshore e também
serve de bases para serviços preparação de montagens e manutenções da empresa.
Para viabilizar mais espaços para sua atuação no Brasil como uso de suas tecnologias e equipamentos, a Siemens
decidiu, ainda em 2014, participar - com um terço do negócio - da empresa Gás Natural
do Açu junto com a Prumo com a instalação de duas termelétricas no Porto do
Açu. O negócio visou garantir o fornecimento das turbinas para as duas termelétricas.
Segundo a Siemens o investimento será da ordem de 80 milhões de euros em cada
térmica.
O presidente da Siemens no Brasil, André Clarck diz estar muito
otimista com as atividades de exploração offshore no Brasil e revelou “o desejo
de ampliar a capacidade industrial da companhia neste setor, ganhar projetos para com o Repetro produzir e montar uma parte grande de
equipamentos no Brasil, e assim reativar e, eventualmente, até ampliar a capacidade
industrial já existente”.
A Siemens tenta se colocar no mercado de tecnologia,
equipamentos e sistemas concorrendo com a americana GE, oferecendo soluções para
a exploração do pré-sal que envolve tecnologias. Uma inovação é a que incorpora o CO2, presença característica nos campos de petróleo e gás natural do pré-sal. Com uma
tecnologia que diz ser eficiente e batizada como Echogen, a empresa informar que pode utilizar o CO2 aquecido na turbina quando e frio para ser reinjetado nos poços.
A matéria diz ainda que o CEO global da Siemens, o alemão, Joe
Kaeser, afirmou, em recente visita a São Paulo, que a empresa pretende
desembolsar 1 bilhão de euros nos próximos cinco anos no Brasil. “Se
conseguimos acelerar mais, faremos o investimento em menor espaço de tempo".
O executivo ressaltou a importância do petróleo no curto
prazo. “Aparentemente, existe uma janela importante de uso dessas reservas.
Ninguém sabe exatamente como irá se comportar os preços do barril. A janela do
petróleo no Brasil deve ser aproveitada o quanto antes, porque é uma riqueza".
Porém, a Siemens, através do seu presidente no Brasil, André Clarck, faz um discurso direto para o ERJ. "O Rio seria
a capital da transição energética do Brasil, porque grande parte dos
reguladores e pensadores da comunidade da energia elétrica está na cidade. Quando
olhamos para o óleo e gás, é a mesma coisa. Os reguladores, os think tanks e
a Petrobrás estão aqui."
Sobre o avanço da transição entre o óleo, gás e a eletricidade, Clarck diz: "Há três anos atrás, o mundo do petróleo quase não
falava com o setor elétrico. Era raríssimo. E esses mundos estão se encontrando
de uma forma muito relevante. A começar pelos investimentos que estão
acontecendo agora. Quase todos os
players que entraram no pré-sal têm ambições de utilities. Querem jogar o
jogo da energia elétrica ou na conformação dessas duas coisas. Globalmente, os
players como a Shell e a Total já se posicionam como provedores de energia, na
forma que for. Isso virá para o Brasil. A própria Petrobrás começa a discutir
sobre a transição energética”.
A matéria do PetroNotícias diz ainda: " a Siemens trabalha com a hipótese de que essa
transição possa gerar um impulso de crescimento no Brasil bastante
interessante. No radar, estão duas “ondas”: a primeira seria o Repetro, que
dará novo impulso à construção de equipamentos onshore e offshore. A onda
número 2 é a disponibilidade de grande quantidade de fontes (eólica, solar,
gás, biomassa, biogás). “Talvez, vejamos uma reindustrialização da região por
conta desta disponibilidade energia. No longo prazo, é bastante alvissareiro. É
para ser otimista”.
É evidente que a entrevista dá margem para a empresa fazer marketing e propor cenários interessantes que facilitem sua abordagem junto a outras empresa e articulações junto ao poder político (Estado). Porém, ela também permite fisgar um pouco das razões pelas quais a empresa pauta suas estratégias.
Assim, se vê que a Siemens fala em transição energética, mas está de olho nas oportunidades geradas a partir do pré-sal brasileiro visto como grande janela de negócios e oportunidades. O quadro como um todo serve para reforçar a interpretação sobre o potencial que o Brasil tem com suas reservas e com o advento de um novo ciclo petro-econômico.
As oportunidades podem estar sendo entregues para gerar lucros para as grandes corporações e o mercado e pouca serventia à nação, embora se saiba que a própria Petrobras sempre se valeu muito de tecnologias e equipamentos de empresas que chamo de várias para-petroleiras, que são aquelas que vivem de fornecer serviços, equipamentos e tecnologias para o setor de petróleo e gás.
Assim, se vê que a Siemens fala em transição energética, mas está de olho nas oportunidades geradas a partir do pré-sal brasileiro visto como grande janela de negócios e oportunidades. O quadro como um todo serve para reforçar a interpretação sobre o potencial que o Brasil tem com suas reservas e com o advento de um novo ciclo petro-econômico.
As oportunidades podem estar sendo entregues para gerar lucros para as grandes corporações e o mercado e pouca serventia à nação, embora se saiba que a própria Petrobras sempre se valeu muito de tecnologias e equipamentos de empresas que chamo de várias para-petroleiras, que são aquelas que vivem de fornecer serviços, equipamentos e tecnologias para o setor de petróleo e gás.
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