A entrevista de hoje já se transformou num "case".
Entrará para a história o fato de uma entrevista com 28 minutos não ter tido sequer uma pergunta sobre programa de governo ou propostas de gestão do candidato.
Sem uma única pergunta sequer.
Na verdade é forte demais chamar aquilo de entrevista.
Mais parece um debate entre dois candidatos, em rede nacional, com 28 minutos, ao se fazer apenas acusações, debatendo contra-argumentando as respostas e as falas do candidato, sempre com as acusações políticas, sequer admitindo o ponto de vista contrário e exigindo uma confissão - que chamam de autocrítica.
Repito, sem uma única pergunta sobre programa de governo e visões sobre a gestão para a nação.
Eu já havia questionado este modelo de entrevistas nas entrevistas com outros candidatos, mas hoje o JN superou todos os limites. Isso não é jornalismo.
Afinal que jornalismo é este que não quer esclarecer o eleitor e sim submetê--lo à uma interpretação.
Democraticamente quem faz este julgamento é o eleitor e o cidadão.
O povo não precisa de tutela para esse julgamento.
Isso não é jornalismo e não está certo que o poder de uma concessão a uma empresa quase monopólica possa agir assim como partido fingindo uma neutralidade que ninguém mais acredita.
É bom que se diga que eleitoralmente, eu não considero que tenha sido ruim para Haddad. Ao contrário.
O tranquilão Haddad agora é conhecido como o candidato do Lula em todo o país, sofrendo as mesmas pressões que promoveu o golpe e tirou o ex-presidente da disputa.
Aliás, por duas vezes este sistema de comunicação ouviu de Haddad o que Lula nunca disse.
Melhor, está agora ainda mais claro porque uma concessão não pode ter este monopólio.
Uma corporação de comunicação não pode tutelar uma nação.
Com toda essa pressão, a bola está com os eleitores.
Eles assistiram esta mesma pressão e seletividade e entendo isso deu quase a metade das intenções de votos das pesquisas ao Lula.
Desconfio que o fígado operou na decisão da Globo.
Depois do JN de hoje, a transferência de votos vai ser ainda mais célere.
O equívoco da estratégia da Globo é que o povão não precisa saber das propostas. Ele quer um um governo igual ao de Lula.
E mais que uma carta para saber quem é indicado por Lula, ele hoje viu quem é criminalizado igual a Lula.
O fato deverá aumentar a transferência de votos!
A conferir!
5 comentários:
General Mourão: "Constituição não precisa ser feita por eleitos do povo"
O General Mourão (PRTB) candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) declarou, em agenda de Campanha política em Curitiba declarou que uma “Constituição não precisa ser feita por eleitos do povo.
O desespero da Globo em saber que Haddad poderá ir para o segundo turno e vencer. Fez com que praticassem esta atitude com o Haddad.
Primeiro e segundo turno voto no Haddad, saudades de vagas de empregos neste país
Somente Haddad com orientação de LULA vai me devolver a dignidade de uma vaga de emprego.
O fator feminino
Como se não bastassem os péssimos resultados da extrema direita entre as mulheres, elas resolveram se organizar. Hoje os grupos de mulheres contra Bolsonaro nas redes sociais já reagrupam mais de 2 milhões. Ora, com cerca de 70 milhões de eleitoras no Brasil, essa cifra vem a significar hoje, a enormidade de uma eleitora a cada 35.
Esse movimento suprapartidário, não nos enganemos, é o maior fenômeno político da contemporaneidade no Brasil, depois da criação do PT nos anos 80. Ele revela não apenas um apego inegociável das mulheres à democracia, pois são antifascistas, como demonstra também a necessidade, essa de longo prazo, de um protagonismo feminino de peso nos assuntos que interessam às mulheres e estão para além dos limites ideológicos e partidários.
Ora, ter uma mulher pintada para guerra a cada 35 num movimento que não para de crescer é um pesadelo para forças que já não podem agora declarar-se não machistas.
Político mais popular dos Estados Unidos, o senador Bernie Sanders, que assinou documento contra a prisão política de Lula, lançou neste sábado um dos mais importantes documentos políticos das últimas décadas: o manifesto que pede uma Internacional Progressista; o objetivo é fazer frente a movimentos autoritários, como o de Donald Trump, nos Estados Unidos, mas também de Jair Bolsonaro, no Brasil, que semeiam o ódio e cultivam uma agenda econômica que beneficia poucos bilionários, que já controlam mais da metade da riqueza global; "É hora de os democratas de todo o mundo formarem uma Internacional Progressista no interesse da maioria das pessoas em todos os continentes, em todos os países"
Como diria Brizola: "Sempre que tivermos dúvida ... Se a Globo for contra, somos à favor; Se a globo for à favor, somos contra".
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