Bolsonaro eleito foi com 55% dos votos x 45% de Haddad. Há que se respeitar a vontade da maioria, mas não se pode deixar de dizer que não foi uma eleição normal e igual. Mas ela é consequência do processo que iniciou em 2016 e que marca uma ruptura com o processo democrático e a aproximação com práticas autoritárias que aparecem no cenário, apesar de negadas.
Essa eleição é ainda fruto de questões estruturais globais aliadas a interesses econômicos internacionais e não apenas conjunturais no Brasil.
Os institutos de pesquisas do Ibope e Datafolha acertaram os números de ontem. Eleitoralmente, a maior vantagem foi obtida no Sudeste onde concentra quase metade do eleitorado e que Bolsonaro alcançou quase 70% dos votos. Em relação ao 1º turno Haddad cresceu 16% (de 29% para 45%) e Bolsonaro 9% (de 46% para 55%).
Para aqueles - como eu - que defenderam Haddad e um dos outros candidatos diferente do Bolsonaro, há que se reconhecer que houve muita luta onde tentamos evitar o acesso da extrema direita ultraneoliberal e entreguista ao poder no Brasil.
Agora é seguir lutando já que a luta é o tempero da vida. Avalio que a parcela da população, em especial os mais pobres e os que mais precisam dos governos, e ainda aqueles que divergem politicamente do eleito viveremos tempos difíceis de pressão. Porém, resistiremos e seguiremos adiante!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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