Mapa da malha de gasodutos da TAG, subsidiária da Petrobras |
Mesmo que um liminar concedida pelo STF esteja impedindo a
venda da subsidiária da Petrobras, Transporte Associada de Gás (TAG), o governo
está tentando de todo o modo destravar e privatizar essa estatal que é responsável
por uma rede de gasodutos com 4,5 mil quilômetros nas regiões Norte e
Nordeste, o principal ativo à venda pela Petrobras neste momento no Brasil.
O esquema está sendo feito com um consórcio formado entre a empresa francesa Engie e o
fundo canadense Caisse de Depot et Placement du Quebec que ofereceu US$ 9 bilhões por esse ativo que tenta comprar a preço de final de xepa do
governo Temer.
No final de 2016, a Petrobras já havia entregou a rede de
gasodutos do Sudeste, da empresa NTS (Nova Transportadora do Sudeste) ao também
fundo financeiro canadense Brookfield, que pagou apenas US$ 5,2 bilhões por uma
malha de 2,5 mil quilômetros de gasodutos que interliga os campos de petróleo
das maiores bacias, inclusive o pré-sal, à maior região consumidora de gás do
país.
Segundo o balanço da Petrobras, em apenas um ano e meio a
Petrobras já devolveu em pagamento de tarifas para uso do gasoduto (porque não
há outro para escoar a produção de gás nos campos de petróleo) mais da metade
do que recebeu do fundo financeiro Brookfield.
Como se vê, um crime de lesa-pátria onde o governo entrega
uma renda de monopólio para empresas poderem explorar quem precisa usar a malha
de dutos.
Assim, com essa venda cerca de 80% de toda a malha de gasodutos do
país, construída por uma empresa estatal está sendo entregue a preço de banana.
Não se trata de parceria com empresa estrangeira para fazer algo novo, novas
infraestruturas, mas de entregar o que foi feito.
2 comentários:
Olá Sr. Roberto Moraes.
Achei interessante esse assunto, porém não encontrei nenhuma referencia na internet para validar isso. Poderia me dizer em que momento ou situação Jair Bolsonaro ou mesmo Paulo Guedes fez menção a isso?
Sei que o projeto de Bolsonaro-Paulo Guedes é privatizar muitas estatais e reduzir o estado ao máximo, porém não encontro nada sobre essa "tabelinha" e privatização da TAG.
Desde já agradeço pelo esclarecimento.
Cada um ver o que quer.
Está aí claro. O Posto Ipiranga (nas palavras do próprio Bolsonaro é bom que se diga) disse que desejar acelerar todo esse processo já em curso de entregar todas as riquezas (ativos) e as infraestruturas construídas pelas nossas empresas.
Não se trata nem de parcerias para construção de algo novo e sim entregar o que está pronto para pagar depois tarifas absurdas que são oriundas de uma estrutura monopolística, na medida que não passa outros dutos pelos campos e após as unidades de processamento para escoar o gás natural extraído. E sem escoamento haverá limitação da produção também de petróleo, porque no caso dos nossos campos offshore o gás natural está junto do petróleo e pela regulação da ANP há um limite máximo de gás extraído junto com o óleo que pode ser queimado.
O Posto Ipiranga já cansou de falar que só a iniciativa privada deve fazer isso. O estado tem que ser mínimo. Por isso, o acordo com o Temer que apenas inciou esse processo de interesse do mercado que controla tanto um quanto outro.
A tabelinha não é só na TAG vai além. Por isso o Marum e a turma do centrão já escolheram o candidato do Posto Ipiranga.
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