As pesquisas nacionais do Ibope e Datafolha divulgadas agora há pouco são praticamente iguais.
Elas reafirmam, pelos números que haverá 2º turno entre Bolsonaro (40% ou 41%) e Haddad (25%).
Em 3º lugar Ciro (13% - 15%). Em 4º lugar: Alckmim tem 8%.
Os demais somados têm 13% pelo Ibope e 12% pelo Datafolha. Esse são números em votos válidos.
A diferença em relação à pesquisa do Vox Populi é o percentual de Haddad que registrou em 31% e que comentaremos ao final desse texto.
Assim, eu reafirmo o que já escrevi mais cedo e que está abaixo.
Analisando todas essas últimas 4 pesquisas divulgadas hoje o quadro ficou mais claro e reafirma o 2º turno entre Bolsonaro e Haddad.
E pela simulação de 2º turno entre esses dois finalistas (Bolsonaro e Haddad), os votos de 12% que hoje aparecem como brancos e nulos é que definirão o resultado do 2º Turno.
Nestas simulações de 2º turno, os dois finalistas estão em empate técnico, com Bolsonaro na frente de Haddad, mas com pouca diferença.
Porém, a rejeição de Bolsonaro é 7% maior que a de Haddad, pelo no Ibope: Bolsonaro é de 43% x 36 Haddad.
Pelo Datafolha, a rejeição de Bolsonaro também é maior, 44% x 41% de Haddad.
Esses dados de rejeição têm interferência direta no 2º turno, onde a escolha dos que não votaram em nenhum dos dois finalistas, tende a se dar, considerando qual seria o pior, para optar em votar no outro candidato.
Outro fato que tende a ampliar a disputa é o fato de que a tendência é que os votos dos eleitores dados ao terceiro colocado nessas pesquisas, Ciro Gomes - que tem até 15% de votos válidos - possam migrar em sua maioria para Haddad.
Se isso ocorresse, colocaria os dois Haddad e Bolsonaro em condições de empate técnico. Assim, jogaria a disputa para um universo em torno dos 10% a 12% dos eleitores, que estariam dentro de universo de cerca de 20% dos demais candidatos e dos brancos e nulos, sabendo que cerca de 8% a 10% tendem a ser de brancos e nulos, considerando a média de "não votos" no 2º turno, além das abstenções.
Há ainda que se considerar que nessa eleição, por constatação tanto de pesquisadores, quanto de quem está fazendo campanha nas ruas, o voto em Haddad e no PT, estão mais contidos e pessoais, do que aqueles do candidato Bolsonaro, até pela forma de fazer campanha.
Se verdadeira essa hipótese, isso poderá ter um impacto de um pouco mais de votos no Haddad, não identificados nas pesquisas, a não ser nas entrevistas do Vox Populi, que identificou 31% para Haddad contra 25%, em termos de votos válidos, embora os demais (Ibope, Datafolha e CNT/MDA) tenham identificados Bolsonaro com os mesmos 41%.
Enfim, esse é o cenário que os números das pesquisas apontam com essas 4 pesquisa divulgadas hoje que já apanharam boa parte da repercussão do debate e das conversas entre os eleitores, comuns no final de campanha.
Uma mudança significativa de um dia para outro em eleição presidencial é quase impossível, diante de tanta diferença que todos os institutos registram entre os candidatos considerados finalistas. Porém, os votos não não finalistas e nos candidatos a governador dos estiados terão um enorme peso para o 2º turno.
Entre eles, vale verificar quais candidatos a governador que vão vencer no 1º turno estão apoiando. Porque eles tendem a arrastar mais votos nos seus estados.
Da mesma forma, vale observar no caso das disputadas nos estados quem os finalistas estaduais vão apoiar na eleição nacional. Já que é quase natural que eles se dividam.
É certo que o 2º turno começou a ser jogado deste o último debate da Globo na última quinta-feira. A conferir!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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