Em 2008, antes da crise (golpe) dos bancos americanos (sub-prime), o barril de petróleo chegou a aproximadamente US$ 150, dependendo do tipo se WTI (EUA) ou Brent (Europa), eles variavam de US$ 145 a US$ 165.
Nessa época a gasolina no Brasil estava em torno de R$ 2,80.
Portanto, na média, o preço do barril no mercado internacional é três vezes menor que em 2008 e a nossa gasolina não sai de próximo a R$ 5, ou quase o dobro de antes.
Na verdade, acabei de encher o tanque pagando R$ 4,84 no dinheiro.
Os "iluminados" do mercado dizem que agora o preço da gasolina varia conforme o preço do barril no mercado internacional.
É ainda há quem acredite nas justificativas desse tal mercado, onde o preço do barril do petróleo só vale para aumentar o preço da gasolina e nunca para reduzir.
As coisas passaram a ser assim não de forma natural, mas após, a entrada do governo mercadista, pós-golpe e com promessa de continuar.
Dentro da lei de mercado é isso.
O produto vale quanto o consumidor está disposto a pagar, e parece que o brasileiro em defesa do mercado aceitou bem esse novo patamar do litro a R$ 5.
Se é assim, eu só me pergunto como vão reagir quando o preço do barril de petróleo voltar a ficar acima de U$ 100 (possivelmente no meio da próxima década).
Pela lógica atual, o preço do litro da gasolina passará para o patamar de R$ 10.
Se o barril chegar aos US$ 150, como há uma década, o litro alcançará R$ 15.
E não adiantará colocar a culpa nos árabes e em quer que seja, na medida em que produzimos petróleo aqui e poderíamos ter capacidade de refino equivalente ao consumo nacional.
Porém, os tempos são mesmo estranhos e parece que a maioria ainda não quer entender essa realidade, aceitando pagar mais pelo combustível e desejar menos estado, menos regulação, nessa época do sujeito que se faz por si próprio.
Isso me faz lembrar aquele filme do sujeito que virou suco.
Parodiando talvez, seja o caso de pensar no sujeito que se fez por si próprio e virou gasolina, onde, às avessas a criatura consome a criador.
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