Foi pago em 2018, um total de R$ 1 trilhão de juros sobre essa dívida, valor que é equivalente à soma de todo o gasto com Previdência Social (que se quer cortar), mais todas as transferências feita aos Estados e Municípios, mais todos os gastos com Saúde e Educação.
Isso significa que o país pagou de juros aos bancos a bagatela de R$ 2,9 bilhões por dia.
Assim, o R$ 1 trilhão pago pela União em 2018 se transformaram nos lucros dos 132 bancos existentes no país.
Na terça-feira (05/022019), só os três maiores do setor privado, Unibanco, Bradesco e Santander confirmaram o lucro líquido juntos de R$ 59,695 bilhões também em 2018.
Diante dessa farra os donos dos dinheiros anunciaram que estavam repassando os dividendos relativos ao ano passado, aos acionistas no valor de R$ 36,8 bilhões.
Sim, dividendos que é a palavrinha mágica relativos aos juros sobre o capital próprio (JCP) e recompra de ações de cerca de 62% dos seus lucros líquidos, obtido em sua maior parte pela "máquina de endividamento público" do estado.
E tem mais, desde FHC, os dividendos obtidos com esses juros sobre capital próprio não são tributados, estando, portanto, isentos de impostos e qualquer tributação.
Não há como aceitar tudo isso, diante dos seguidos cortes de direitos sociais, podas na legislação trabalhista e exigências na previdência, mantida essa realidade de lucros escorchantes dos bancos, para os quais não há paralelo, em nenhuma parte do mundo.
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