sexta-feira, fevereiro 15, 2019

Os banqueiros vão para o governo e voltam com bons presentes para os bancos

Eles entram e saem do governo e direção dos bancos como quem vai no final do dia de volta pra casa.


A política ou os negócios financeiros comandados pelos mesmos mandatários.

Nos dois casos cuidam das mesmas questões.

Por isso são os mesmos.

Não há nem necessidade de fingir.

Um mês depois, o ministro da Fazenda de Temer que sustentava que se a reforma da previdência não saísse o país se acabava ganhou um presente. 

A reforma da Previdência do jeito que se encaminha é, antes de tudo, uma exigência dos bancos e é para eles que Guardia falava. 

O banco BTG Pactual do André Esteves é aquele que pilota centenas de gordos fundos de investimentos dos donos dos dinheiros no Brasil e alguns outros países. 

Em tempo, Guardia recebeu como prêmio pelos seus trabalhos no ministério de Temer, a condição de sócio e executivo-chefe da gestora de fundos BTG Pactual Asset Management que tem R$ 184 bilhões sob sua gestão. 

Sim. Guardia ganhou a condição de “sócio e executivo-chefe” do banco BTG Pactual.
Assim, no Brasil e como no centro do sistema nos EUA.

Ontem, saiu a notícia que o poderoso Stanley Fischer, ex-vice presidente do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) assumiu uma assessoria no maior fundo de investimentos do mundo, o BlackRock. Aquele que tem um patrimônio líquido que equivale a 4 x PIB do Brasil.

Tudo escancarado. Lá e cá. Isso não produz inquéritos e nem investigações. Tudo "legal".

E assim chamam isso de democracia, onde os ricos ganham as eleições, governam para si e controlam as polícias e os exércitos contra a maioria.

Isso ainda terá um fim!

Um comentário:

Anônimo disse...

Após cinco dias de muita vacilação e medo, pressionado pelas duas alas do seu governo diante da crise aberta (militares querendo a demissão e a triunvirato neoliberal desejando a permanência), o presidente da trupe fascista acabou por demitir o seu braço político mais próximo no interior do PSL, o “bate pau” alçado à condição de Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República: Gustavo Bebianno Rocha.

A crise teria tido início com a divulgação pela Folha de São Paulo de um esquema de desvio do bilionário Fundo Eleitoral para “candidaturas laranjas” por parte da cúpula do PSL. Este fato da política burguesa, propriamente não é nenhuma “novidade” posto que abrange “somente” todos os partidos institucionais, desde o PSDB até o minúsculo PCO com candidaturas que receberam milhares de Reais do TSE e obtiveram menos que uma dezena de votos. No próprio PSL, temos a denúncia do então presidente do partido em Minas Gerais, agora ocupando o posto de Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, repassando as verbas eleitorais para suas “laranjas” sem que nada ocorra, então porque a denúncia midiática contra a prática corrupta de Bebiano (ex-presidente nacional do PSL) acabou por resultar em uma grande crise política de governo, forçando Bolsonaro a demiti-lo?

O imbróglio no governo começou não propriamente nas reportagens da Folha sobre os vastos “laranjais” da política brasileira, mas sim quando o vereador carioca Carlos, filho de Bolsonaro, anunciou um suposto “desconforto” do presidente fascista com o então Ministro Bebiano, a partir deste momento a “temperatura subiu” e pelo Twitter o Secretário-geral foi chamado de “mentiroso” quando tentou contornar a situação criada pelo “número 2” do reacionário clã. A razão apresentada publicamente para explicar o “fogo amigo” do vereador contra o “braço direito” do seu pai, seriam atritos pessoais ocorridos no passado entre Carlos e Bebiano, uma justificativa “singela” e que só poderá convencer ingênuos “Homer Simpsons” ou então os tolos que creem que Jair não tinha pleno conhecimento do esquema de desvio das verbas do TSE operado pelos principais caciques do PSL. Para entender a fundo a razão da crise é necessário começar por conhecer a história de vida de Gustavo Bebiano, um advogado criminalista sem nenhum passado eleitoral, mas que ganhou força e prestígio na “cidade maravilhosa” advogando para a milícia de bandidos que hoje controlam o tráfico na periferia carioca.

O truculento Bebiano logo “cresceu” no esquema mafioso, chegando a ser considerado o “comandante civil” das milícias cariocas e por esta via fez sua amizade com o então deputado Jair Bolsonaro. Bebiano passou rapidamente a condição de principal assessor político do candidato a presidente Bolsonaro, sendo indicado pelo capitão para comandar temporariamente o PSL, enquanto o presidente nacional Luciano Bivar tirava licença para emplacar sua candidatura a deputado federal por Pernambuco. Com a vitória de Bolsonaro ao Planalto e do parceiro fascista Witzel para o governo do Rio, Bebiano atingiu um “ponto de força máxima” no Rio de Janeiro, o que teria desagradado profundamente o vereador Carlos, que nutre pretensões de ser candidato a prefeito da capital fluminense.

Outro aspecto ainda bem mais “obscuro” e pouco revelado entre as “rusgas” do vereador Bolsonaro e o Ministro demitido, seria o controle das próprias milícias cariocas, intimamente ligadas tanto ao clã fascista quanto a Bebiano.

Com um primeiro desfecho da “crise Bebiano”, ficou reforçada a caracterização de que Jair Bolsonaro não preside mais seu próprio governo, rachado e paralisado entre a guerra fratricida de suas duas alas, “militares versus neoliberais”.

O vacilo quase “mortal” da demissão de Bebiano é a expressão maior da profunda crise instalada no âmago do governo fascista. Agora Bebiano se junta ao grupo dos “inimigos” do governo, chefiado pela famiglia Marinho, aguardando somente a aprovação (ou não) da reforma neoliberal da Previdência para desfechar o golpe terminal contra Bolsonaro e seu clã fascista.