Todos se consideram "ungidos" por méritos próprios.
Não reconhecem o contexto e nem a conjuntura que os levaram ao poder.
Cada um de um jeito, se considera com méritos para estar onde a conjuntura e a superestrutura permitiram.
Não sabem o que é isso e não se interessam por compreender o processo histórico e as intercorrências dos quais se originaram.
Ao se considerarem "ungidos" cada um deseja a sua parte no botim. Quase como um "direito divino".
Isso é relativamente comum na vida individual, mas não costuma terminar bem em processos coletivos e que exigem mediação política, que é quase impossível diante de quem se considera "ungido" e, portanto, merecedor de tratamento diferenciado.
Iludem-se os que imaginam ver no caso um embate entre liberalismo e nacional-desenvolvimentismo.
Não é isso. Há um obscurantismo nesse processo.
Em termos de povo, nação e civilização tudo isso poderá ainda ser superado após essa intercorrência política.
Ou intensificado num regime mais autoritário e fundamentalista misturando religião, força militar ideia higienista e ultraliberal.
No meio desse processo ainda veremos mais brigas entre "ungidos". Muitas mais e não mais e apenas no twitter.
De outro lado, só uma ampla coalização reverte esse processo, já em curso, acelerado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário