Só quem não percebe - ou não quer perceber - é a turma do mercado que deseja um arrocho sobre a previdência dos trabalhadores, perdão total para as dívidas dos latifundiários e a chave da boca do caixa com o Banco Central independente.
Os quatro núcleos de poder em torno do Bolsonaro, expõem contradições internas, mas não sobre esse ultraliberalismo sob o qual ainda guardam e mantêm convergências.
Espero que a esquerda e centro-esquerda já estejam passando da fase de julgar tudo isso apenas uma maluquice.
Não, não é isso.
Temos em curso um projeto de poder que desmonta a ideia de nação e de civilização e namora com a barbárie e caminha de braços dados com o fascismo.
O caso do MEC, do Itamaraty e do Ministério da Cidadania são expressões mais claras dessas intenções, onde o fundamentalismo-religioso, apenas se move entre as igrejas, mais ou menos oportunistas e o poder político.
Há aí um projeto em curso.
Queiramos ou não. Gostemos ou não.
Diante desse quadro temos que reagir fortemente, em defesa da democracia, ou a situação irá piorar muito e rapidamente.
Muito do que era antes motivo de espanto, está se naturalizando, sem que as reações cresçam e segurem as aberrações.
Não cabe mais fragmentações e nem reações isoladas.
Alianças, frentes e/ou coalizões devem ser reorganizadas com alguma urgência, respeitando e garantindo a diversidade e os projetos de sociedade que os diferentes grupos possuem, no seio da complexa sociedade do Brasil contemporâneo.
Isoladamente e de forma fragmentada não será possível deter o projeto de desmonte em curso.
Reorganização, análise de conjuntura, articulação, direção e ações são urgentes e não apenas necessárias, mas imprescindíveis.
O Brasil precisa de nós!
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