Previsão do PIB feita pelo Banco Central cai ainda mais.
Três anos após o golpe, o quadro da economia só piora, a despeito dos argumentos que era só tirar a Dilma.
É fato que desde 2014, e mais depois de 2015, já com a ameaça de anulação das eleições e do golpe, “nenhum setor produtivo conseguiu retornar aos níveis registrados antes da crise”. Nesses cinco anos a economia foi sendo ainda mais atolada em meio à ideias ultraliberais que se imaginavam salvadoras da pátria, mas que só agravam a economia com essa fixação permanente nos ajustes fiscais.
Matéria do Estadão relata e detalha que atividades como a construção civil encontra-se 27% abaixo do registrado em 2014 e a indústria está 16,7% aquém do desempenho no mesmo período. No setor de varejo a queda é 5,8% e na área de serviços o desempenho é 11,7% inferior.
Na reportagem, o economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, afirma que "há uma diversidade de diagnósticos. Quando se tem isso, é porque ninguém está entendendo direito o que está acontecendo – o que é raro de se ver". "Havia a ideia de que a mudança do ciclo político (com a chegada de Michel Temer à Presidência, em 2016) daria um choque de confiança e melhoraria a situação. Mas houve uma frustração, porque a ociosidade era tão grande que mesmo os mais otimistas não investiram".
O mercado e o setor financeiros não têm solução para o imbróglio que ajudou a montar.
Aguardam ainda um desfecho que lhes interesse no projeto para previdência e sua capitalização, mas já buscam alternativas.
Bolsonaro precipita o desfecho quando, ele próprio resolve atirar contra, simultaneamente, a política, o Legislativo e o Judiciário com a convocação da manifestação do próximo domingo.
Não há governo.
Ou teremos crise mais intensa (com risco de caos completo) ou uma saída mais ou menos acordada com a sociedade.
Um comentário:
Excelente análise.
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