O fato tem origem na produtividade das montadoras asiáticas que reorganiza produção e controle de mercados na Europa e América Latina, já que essa fusão Fiat-Renault passará a ser a maior montadora no Brasil.
A relação da Renault com as japonesas Nissan e Mitsubishi pode ampliar o porte do oligopólio que surge nessa expressiva reestruturação.
O amigo de pesquisas no campo da geografia econômica, professor e pesquisador da UFF-Campos, Leandro Bruno lembra bem que "com os carros elétricos e híbridos e a tendência de compartilhamento, marcada pela entrada dos gigantes Uber e Google, estamos passando por rearranjo do oligopólio global".
Todo este movimento trará ainda mais e profundas mudanças nos circuitos econômicos e espaciais. Transformações territoriais decorrentes da intensificação - um século depois - da eletrificação que já tratei aqui em algumas postagens. No dia 17 de março 2019 com o texto A “era pós-petróleo”, a “reeletrificação”, os ciclos históricos e o potencial do Brasil no sistema-mundo; e, no dia 7 de maio de 2019 com uma síntese do texto que apresentei no V Simpósio sobre história de eletrificação: "Eletricidade, Cidades e Quotidianos" com o título Geopolítica da "reeletrificação" e as transformações no território.
Como se trata de um setor da economia que é intensivo em capital, isto também está produzindo (como esse caso mostra) alterações sobre as decisões de investimentos em capital fixo em outra fração do capital, assunto que pretendo analisar e aprofundar mais adiante também relacionado a esse setor.
É certo que se a fusão for confirmada, o processo de reestruturação das duas montadoras no Brasil terá significativos efeitos sobre os empregos e as regiões onde as duas empresas possuem bases operacionais, especialmente nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.
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