É um acordo surgido a partir da crise de violência na região, que serviu de pressão para o ministro da Justiça ter que se curvar, mas que avançou para um consórcio - melhor estruturado e já aprovados em várias assembleias legislativas -, a partir das demandas de segurança e que avança para outros setores e outros estados, além do Nordeste.
O caso da pressão dos 14 estados contra o armamento geral da população é mais uma ação emblemática disso que estou sustentando.
É uma institucionalidade que vai para além de pleitos regionais e passou a ter peso político em negociações, pós -eleição e para além do conhecido fisiologismo da região, em relação ao poder central.
Eu tenho dito que para além das afinidades políticas, o Nordeste e o Norte podem salvar o nosso país.
Ouvindo o amigo Edilson Pereira Júnior do Ceará, eu tive ainda mais convicção para sustentar a interpretação de que o Norte e o Nordeste, ao contrário do Sudeste e do Sul, perceberam na prática, os impactos positivos de políticas redistributivas, chamadas também de keynesianas dos governos anteriores de centro-esquerda.
Até boa parte da elite econômica destas regiões se movimentou de forma diferente daqueles de outras regiões, percebendo de forma mais clara, as melhores saídas para o nosso Brasil, desde as conturbadas eleições de 2018.
Esse movimento institucional de governadores é inédito e segue sendo muito bem articulado, de forma especial pelos governadores do Maranhão, Bahia e Ceará, mas também possui em todos os demais, uma avaliação bem mais clara dos interesses comuns dessa região.
É evidente que o poder central tenta minar essa unidade e articulação, mas não tem tido êxito, porque os governadores até aqui têm tido posições claras e um interesse em negociações mais macro e não micro-localizadas ou setoriais.
É neste sentido que volto a afirmar que o Nordeste e Norte podem salvar o Brasil.
A mídia comercial sulista e que pensa o Brasil a partir do seu umbigo, não tem olhos para observar essa realidade e os movimentos decorrentes dele.
Por isso, insisto observem melhor e mais profundamente a sua organização, suas articulações, assim como o poder institucional que está sendo estruturado num momento em que do outro lado, o que se vê é desmonte de várias formas e diferentes setores e regiões.
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