Manifestação 14-J na avenida Presidente Vargas no Rio de Janeiro. |
É um protesto contra as mudanças da Previdência, contra as privatizações, já num ambiente fortemente autoritário, truculento nas ruas e de ameaças de endurecimento.
A conflito considerado híbrido e de confrontação de posições tá se acirrando de forma muito acelerada, em direção à uma forma ditatorial sem escamoteamentos.
A narrativa que levou ao golpe institucional e às várias interferências nas eleições do ano passado, está se diluindo, quando vemos a forma como está sendo despido o manto que encobria a verdade daquilo que era essencial do processo político do país, nesse mais recente período.
Instituições se deixaram usar, sem o mínimo cuidado com a República e com as consequências para além dos interesses imediatos que existem em qualquer sociedade e nação.
Há blocos de poder se engalfinhando no meio de um desgoverno. O desmonte é claro e tem metas definidas que vão além do ultraliberalismo.
As instituições estão todas, uma a uma, perdendo a legitimidade e a capacidade para intermediar soluções
De outro lado, é preciso ir além da resistência. Estamos saindo de um atordoamento mas ainda no meio de muita confusão e sem direções e estratégias definidas.
O projeto de Nação carece de coerência para ultrapassar essa complexa fase.
Os riscos crescem. E as saídas precisam ser construídas.
PS.: Atualizado às 21:18 para breve acréscimo no texto.
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