quarta-feira, julho 24, 2019

Palestra "Porto Macaé & Região Norte Fluminense" no Sindipetro-NF em Macaé, RJ

Ontem, 23 de julho de 2019, fui convidado para uma Palestra (Roda de Conversa) para debater sobre a relação petróleo, porto e a cidade (região) no auditório do Sindipetro-NF em Macaé, RJ.

Foto do Sindipetro-NF.
A ideia era trazer à discussão, as demandas de infraestrutura da cadeia global do petróleo, a disputa corporativa pelos projetos portuários e região. Entender as características gerais e os impactos do projeto do porto no bairro do Barreto em Macaé (Terpor) que surgiu depois que o terminal portuário da Petrobras no município (TUP Imbetiba) deixou de ser, desde 2014, a maior base de apoio offshore para exploração de petróleo do país. Questionar as razões dos investimentos financeiros no setor serem globais, mas precisarem sempre do território para gerar riquezas. Compreender a realidade do município de Macaé diante do atual desmonte, fatiamento, redução e limitação  das atividades da estatal Petrobras em várias de suas bases operacionais. Pensar ainda as razões das dificuldades de se pensar uma maior integração regional para que os municípios colaborem entre si e não permaneçam numa lógica concorrencial. Assim, a ideia foi de levantar um conjunto de indagações para a reflexão. Entre elas: Porto por quê? Porto para quê? Porto para quem?

A decisão por fechar ou implantar empreendimentos nessa potente cadeia global que é o setor petróleo, nunca é uma decisão local, mas são as pessoas e os municípios os atingidos. Dessa forma, a escala dessas discussões é mais ampla. Como sugere esse quadro ao lado que venho apresentando já há algum tempo. O território e as pessoas ficam na base desse sistema exposto nesse esquema-gráfico sintético.


Ontem, na roda de conversa em Macaé, as boas questões levantadas e o debate em torno desse tema - que é complexo e envolve várias dimensões -, eu acabei por não fechar numa síntese sobre as questões que me parecem mais importantes de permanecer como linhas para o debate, que na verdade não é e nem pode ser apenas sobre sobre o projeto portuário do Terpor. Ele é bem mais amplo.

Assim, antes de disponibilizar a apresentação na íntegra abaixo, eu transcrevo e destaco como síntese os dois últimos slides:

Macaé para quem?

1 - A questão em 3 Dimensões:
- Política (Gestão e participação);
- Econômica (Petróleo, Infraestrutura e logística: rodoviária, ferroviária e portuária)... Mas a Economia antes de tudo é uma relação entre seres humanos (Kate Raworth);
- Sociocultural (organização comunitária, identidade e movimentos sociais);

2 – O capital é global, mas precisa do território para gerar riquezas, por isso é preciso pensar o global e o local (K financeiro e K fixo), e pensar as pessoas. É preciso equilíbrio!

3 – Como será Macaé após o fatiamento e desmonte da Petrobras-setor de petróleo, IEs e energia privatizadas?

4 - Por que não pensar numa maior integração regional ou supramunicipal? Uma nova governança colaborativa e não concorrencial?

5 – Há uma disputa por narrativas – Espaço mental: Porto para quê e para quem?

6 - É preciso pensar Macaé e a região para as pessoas. De que adiante Macaé ser polo nacional de gás natural, energia e ter centralidade como polo intermediário e crescer sem reduzir as desigualdades?

7 – A cidade pode ser melhor “com as pessoas” e num projeto acordado.


Por fim, disponibilizo abaixo a apresentação na íntegra. O Sindipetro-NF transmitiu ao vivo a palestra através do Facebook e a mesma pode ser acessada e assistida aqui. O objetivo dessa divulgação é que os estudos e as pesquisas possam contribuir para a ampliação do debate em diversas frentes e dimensões. Para ver os slides em sequência é só ir rolando a barra do lado direito do PDF abaixo no Scribd. Sigamos em frente!

Roberto Moraes
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PS.: Atualizado às 13:25: O Sindipetro-NF transmitiu ao vivo a palestra através do Facebook e a mesmo pode ser acessada e assistida no link: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2491083590952456&id=258073267579840

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