A indústria química no Brasil chegou a ganhar algum destaque, mesmo que em boa parte sob o controle de oligopólios de fortes corporações globais, mas a condução política do país há três anos vem desestruturando esse setor que produz insumos para outras indústrias.
Há dois anos (2017) eu trouxe para este espaço a informação da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) que a produção nacional de químicos de uso industrial tinha caído 2,3%, enquanto as importações tinham crescido 30,5% e batido um recorde de 28 anos.
Agora, ao final do 1º semestre de 2019, a mesma Abiquim informa que as importações brasileiras de produtos químicos alcançaram US$ 20,4 bilhões, enquanto as exportações no semestre somaram apenas US$ 6,3 bilhões.
Assim, no 1º semestre de 2019, mesmo com a economia nacional ainda claudicante, as importações cresceram 6,1%, enquanto as exportações tiveram queda de 3,6% em relação a 2018. No ano de 2018 este déficit entre exportações e importações já tinham alcançado US$ 29,6 bilhões e neste ano a estimativa é que se aproxime dos US$ 40 bilhões.
É bom que se diga que não está nesta conta as importações de combustíveis e diesel que o Brasil passou a fazer do exterior, em especial dos EUA desde 2016, quando passou a exportar enormes volumes de petróleo bruto (em 2019 o volume diário está próximo de 1,5 milhões de barris por dia), mesmo que a capacidade ociosa de nossas refinarias estejam na faixa dos 30%.
Sobre a nossa dependência dos químicos é bom que se diga que esse enorme déficit atual é ainda anterior ao acordo comercial entre Mercocul e União Europeia que deve reduzir ainda mais a produção nacional com aumento da importação de produtos químicos, incluindo os petroquímicos, que estarão isentos - de forma paulatina - de tributação quando vindo da Comunidade Europeia.
Vivemos assim, um enorme processo de desnacionalização e desindustrialização com ampliação das importações numa área de alto valor agregado e que é insumo para uma enorme gama de outros produtos.
O resultado disso é menos empregos, menor arrecadação tributária e menores valores agregados circulando na economia nacional. Assim, o Brasil ficará ainda mais dependente dos setores extrativos e primário. Um processo que se amplia de forma absurda há três anos.
Tem-se aí uma reprimarização violenta que é ainda mais danosa com as privatizações, em que os mercados nacionais passam a ser atendidos por corporações transnacionais que trabalham com a lógica da produção e distribuição globalizada conforme os interesses de seus controladores.
Um mercado do tamanho do Brasil sendo entregue assim de bandeja é quase um sonho para essas corporações. Há quem ainda não consiga compreender os resultados desse tipo de política sobre o nosso dia-a-dia e sobre o projeto abandonado de Nação.
Agora, ao final do 1º semestre de 2019, a mesma Abiquim informa que as importações brasileiras de produtos químicos alcançaram US$ 20,4 bilhões, enquanto as exportações no semestre somaram apenas US$ 6,3 bilhões.
Assim, no 1º semestre de 2019, mesmo com a economia nacional ainda claudicante, as importações cresceram 6,1%, enquanto as exportações tiveram queda de 3,6% em relação a 2018. No ano de 2018 este déficit entre exportações e importações já tinham alcançado US$ 29,6 bilhões e neste ano a estimativa é que se aproxime dos US$ 40 bilhões.
É bom que se diga que não está nesta conta as importações de combustíveis e diesel que o Brasil passou a fazer do exterior, em especial dos EUA desde 2016, quando passou a exportar enormes volumes de petróleo bruto (em 2019 o volume diário está próximo de 1,5 milhões de barris por dia), mesmo que a capacidade ociosa de nossas refinarias estejam na faixa dos 30%.
Sobre a nossa dependência dos químicos é bom que se diga que esse enorme déficit atual é ainda anterior ao acordo comercial entre Mercocul e União Europeia que deve reduzir ainda mais a produção nacional com aumento da importação de produtos químicos, incluindo os petroquímicos, que estarão isentos - de forma paulatina - de tributação quando vindo da Comunidade Europeia.
Vivemos assim, um enorme processo de desnacionalização e desindustrialização com ampliação das importações numa área de alto valor agregado e que é insumo para uma enorme gama de outros produtos.
O resultado disso é menos empregos, menor arrecadação tributária e menores valores agregados circulando na economia nacional. Assim, o Brasil ficará ainda mais dependente dos setores extrativos e primário. Um processo que se amplia de forma absurda há três anos.
Tem-se aí uma reprimarização violenta que é ainda mais danosa com as privatizações, em que os mercados nacionais passam a ser atendidos por corporações transnacionais que trabalham com a lógica da produção e distribuição globalizada conforme os interesses de seus controladores.
Um mercado do tamanho do Brasil sendo entregue assim de bandeja é quase um sonho para essas corporações. Há quem ainda não consiga compreender os resultados desse tipo de política sobre o nosso dia-a-dia e sobre o projeto abandonado de Nação.
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